XVI ENFOPLE

ENCONTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORAS/ES DE LÍNGUAS 

Linguagens em tempos inéditos: desafios praxiológicos da formação de professoras/es de línguas

 17 a 19 de setembro de 2020  

 

APRESENTAÇÃO

 

Ao longo desses 16 anos, o ENFOPLE se reinventa e busca expressar o movimento que é inerente a nossa formação humana e profissional. A trajetória deste evento mostra a preocupação dos organizadores em manter uma coerência entre o que se faz e o que se fala, em trazer para o centro das discussões as temáticas que provocam a reflexão dos professores de línguas em seus mais diversos espaços de atuação. 

Nesta edição, o ENFOPLE, imerso na situação mundial que nos encontramos em decorrência da pandemia de Covid-19, foi mais uma vez provocado a propor e implantar mudanças para que fosse possível a sua realização. Afetivamente afetados pelas condições do nosso país, pensamos em não realizá-lo. Mas o nosso desejo e a convicção de que nossas práticas, cada vez mais necessitadas da nossa condição humana, são necessárias para a transformação do mundo, seja ele considerado em sua dimensão local ou planetária.

O Enfople é feito de muitas mãos que, neste ano, entenderam que sua realização pedia muito mais de cada um de nós, pois a mudança nas nossas práticas cotidianas, na nossa forma de pensar, de ver e de viver o mundo têm sido constantes, rápidas e necessárias. Isso teria que vir à tona nesta edição. 

Começamos pelo nome e optamos por manter a sigla, já conhecida por todos, ENFOPLE, mas propomos uma alteração significativa em seu significado que passa a ser denominado Encontro de Formação de professoras/es de línguas. A primeira mudança foi a de marcar o gênero, usando a palavra professoras e não só professores e, a segunda retirar a palavra estrangeira. Mantemos o foco na formação de professores de línguas e consideramos que a  palavra línguas nos permite incluir outras possibilidades de estudos, pois para além de estrangeiras, pensamos nas minoritárias, nas de herança, nas carregadas por seus contextos culturais, as criadas para situações emergenciais, ou seja, consideramos essa mudança mais inclusiva. 

Além dessas mudanças,  a forma de realização do evento se adéqua à realidade do país e sua realização será por meio digital. O significado desta mudança está além da forma de realização em si. Ela implica em mudança na forma de pensar e realizar eventos e na forma como professores lidam com a sua inserção no mundo digital. Estudamos algumas plataformas e modelos e optamos por aquelas que consideramos mais acessíveis e, assim, decidimos por realizar palestras e rodas de conversa por meio do Canal no Youtube e os grupos de trabalho pela plataforma Google Meet. Com certeza, contaremos sobre o nosso processo de aprendizagem para que isso tudo acontecesse.

Para a escolha do tema, também precisamos considerar o momento atual e propomos uma discussão sobre as práticas dos professores em um período de distanciamento social e como essas práticas se relacionam com o fazer pedagógico de cada um em um ambiente não muito familiar para tantos professores. Como mudar a escola, a sala de aula, os alunos de lugar e manter as mesmas práticas, metodologias, atividades e por que não dizer teorias?

Neste sentido, trouxemos para o centro das nossas discussões as praxiologias da formação de professores de línguas e como elas estão refletidas nas praticas dos professores em ambientes digitais e por meio da linguagem que emergem da tecnologia. De repente, em meio a tantas palavras e práticas novas, o professor de línguas se reconhece? Percebe o limite entre a sua sala de aula de a casa do seu aluno/a? Oferece atividades coerentes com o que está vivendo? Como se percebe professor/a em uma realidade diferente daquela para qual se preparou? Quais as teorias explicariam o lugar de cada um no contexto de educação lingüística?

Com o tema Linguagens em tempos inéditos: desafios praxiológicos da formação de professoras/es de línguas, criamos um espaço para que em comunidade possamos criar possibilidades para a formação de professoras/es de línguas a partir do contexto atual que nos possibilitou perceber  a necessidade de estreitamento das relações e ações entre o que se faz na universidade e que se vive nas escolas. Para isso, reforçamos o time, buscamos novas parcerias e apelamos para a diferença marcada pela forma de pensar, de perceber a realidade, de construir conhecimento, de viver de cada comunidade que pode nos inspirar a novas e mais humanas formas de ser professoras/es. 



Carla Conti de Freitas

Coordenadora Geral do ENFOPLE

 

COMISSÕES E CONSELHO CIENTÍFICO 

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO 

NORMAS PARA SUMBMISSÃO DE TRABALHOS 

CARTAS DE ACEITE

TEMPLATE PARA O RESUMO 

CERTIFICADOS