Por Maria Luíza Lopes, Lucas Torres e Thallys Gomes
O Laboratório Universitário de Memória Audiovisual (LUMINAV-UEG) realizou duas oficinas de preservação audiovisual na semana passada: a oficina de Digitalização de Fitas MiniDV, ministrada pelo monitor Yuri Fagundes, e a oficina de Introdução à Preservação Audiovisual, pela técnica em audiovisual integrante do LUMINAV e do Laboratório de Imagem e Som da Unidade Laranjeiras, Kely Carvalho.
A oficina de Digitalização de Fitas MiniDV, que ocorreu no dia 12 de agosto, terça-feira, foi ministrada pelo monitor e graduando em Cinema e Audiovisual da UEG, Yuri Fagundes. Ele demonstrou como funciona a digitalização das fitas MiniDV, que foram amplamente utilizadas para gravações domésticas e profissionais durante os anos 2000. A oficina contou com uma parte expositiva e outra prática, revelando a forma e as etapas de realização do processo necessário para salvar as gravações MiniDV em arquivos digitais.
Enquanto Yuri estabelecia a base teórica, os participantes tiveram a oportunidade de manusear os equipamentos e mídias. A segunda metade da oficina foi destinada para um exercício prático, onde alunos se voluntariaram para digitalizar, eles mesmos, uma fita. “A oficina sobre digitalização foi nostálgica, descobrir pessoalmente o mundo das mídias físicas me fez repensar a evolução até chegar na digitalização. O processo de colocar a fita minidv e passar para digital pelo software [OBS] é muito interessante e poder fazer isso é mais ainda!”, avaliou um dos participantes.
Já no dia 14, quinta-feira, foi realizada a continuação dessas elucidações sobre memória no cinema brasileiro, sobretudo goiano, com a oficina de Introdução à Preservação Audiovisual, ministrada por Kely Carvalho - que também atua como produtora e colunista dentro da área de cinema e audiovisual em Goiás. Ela explicou não só os meios de se preservar produtos e obras audiovisuais, mas também a importância desse processo para o fomento à cultura e para a história local.
Os alunos foram ensinados sobre como a memória traz um poder transformador, e os porquês de como a retenção das lembranças na sétima arte significa tanto para o meio. Para fortalecer seu discurso, Kely mostrou aos participantes diversos vídeos e sites úteis na área, como o Banco de Conteúdos Culturais (BCC) do Instituto Moreira Salles, um dos principais órgãos de preservação audiovisual no país.
“A oficina da Kely foi muito mais reflexiva sobre o produto audiovisual, o que acontece com o filme depois que é feito, como ele está guardado entre outros. Também a evolução da película até o digital, e como a não preservação gera riscos de perda da memória e até incêndios. Aprendemos que preservar não é somente digitalizar mas também pensar na importância da obra para futuras gerações", comentaram as pessoas presentes.
A professora Geórgia Cynara, coordenadora do LUMINAV, informou que, além das oficinas já oferecidas em 2025, muitas atividades formativas ainda virão, para a capacitação da equipe e de pessoas interessadas em preservação audiovisual. O LUMINAV se orgulha de poder proporcionar mais essa leva de aprendizado para os alunos da UEG e continua se fortalecendo para contribuir cada vez mais com a memória audiovisual goiana.