A sustentabilidade deu o tom, as cores e as formas na Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Goiás (Cepe|UEG), no Câmpus Pirenópolis. Foi um dia de oficinas coloridas e cheias de criatividade, muitas delas com a reutilização de produtos descartáveis.
O assessor de Assuntos Estudantis Leonardo Vergara, por exemplo, colocou estudantes para fazer o maior barulho – em ritmos de samba-reggae, ciranda e funk – na oficina de confecção de instrumentos musicais de materiais visando à sustentabilidade. Plástico, borracha, pedaços de cabos de rodos e tambores de PVC viraram caixa (tarol), surdos, atabaques e chocalhos que quase lembravam o tum-durum-dum-dum do Olodum.
Tais Alcântara Souza, do 4º período de Geografia do Câmpus Itumbiara, gostou da experiência, mesmo sem saber o nome do instrumento que manuseou: um tubo de plástico com anéis de latas de cerveja dentro. Era um chocalho! “Foi um som bem legal”, avaliou, ao apontar a harmonia geral do grupo.
Ritmo no corpo
Para Leonardo Vergara, que também é músico e professor de Biologia do ensino fundamental, gostou do desempenho dos alunos. “O ritmo já está no corpo das pessoas, a gente só provoca”, afirma, ao ressaltar também a destinação – muito mais digna e ecologicamente correta – dada produtos utilizados na criação dos instrumentos.
Preocupação semelhante tem a professora Nélia Cristina Finotti, que, juntamente com a colega Fabiana Haddad, ministrou o minicurso Customização e moda: customização de camisetas do IV Cepe UEG. Na atividade, as professoras ensinavam a transformar em peças ao gosto da pessoa (customização), com a utilização de insumos como retalhos de confecções.
“A ideia principal é a sustentabilidade na moda, o vestir consciente”, define a Nélia Finotti. É também uma forma de dar durabilidade a uma peça que, muitas vezes, será esquecida ou jogada fora, após o evento.
Aluna do quarto período de Geografia do Câmpus Iporá, Yasminy Carolina Souza gostou de usar a criatividade para transformar a camiseta. “É muito legal, agora vou poder fazer nas outras peças que tenho em casa”, conta a estudante.
Apresentação de painéis
As atividades acadêmicas foram encerradas à tarde, com a apresentação de painéis. As apresentações ocorreram na quadra de esportes do Câmpus Pirenópolis e foi uma oportunidade para os jovens pesquisadores, estudantes da graduação e pós-graduação, divulgarem os dados e resultados das pesquisas que têm sido desenvolvidas por eles nos diversos câmpus da UEG. Também foi o momento para a troca de experiências entre os estudantes e professores de várias áreas do conhecimento.
“Aqui a gente tem dimensão das produções que são feitas em todos os câmpus, temos acesso a trabalhos de áreas diferentes da nossa. É uma socialização de conhecimento muito interessante”, observa a estudante do curso de Letras do Câmpus Iporá.
Para Francisco Ramos de Melo, professor do curso de Sistemas da Informação do Câmpus de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET), um dos avaliadores dos painéis, a apresentação dos trabalhos científicos é um evento muito importante, pois é uma iniciação dos estudantes no universo da pesquisa, do pensar academicamente.
“E pra nós que estamos na academia há um pouco mais de tempo, sempre tem aprendizado. Em cada painel que eu passo avaliando, vejo trabalhos interessantes, vejo coisas que eu posso contribuir e que os alunos podem contribuir comigo”, analisa Francisco.
Palco Aberto
E, à noite, a Rua do Lazer, no Centro Histórico, voltou a receber o Projeto Palco Aberto, com o sarau do professor Einstein Augusto e convidados, além é claro, do som dos professores Leonardo Vergara, Alison Filgueiras e convidados.
(José Carlos Araújo e Adriana Rodrigues | CeCom|UEG)