Homenagens, livros, prosa e café

A primeira tarde do Encontro das Escolas de Cinema e Audiovisual do Brasil Central foi repleta de novidades. Os participantes receberam, nos jardins do Palácio Conde dos Arcos, em Goiás,  o cineasta goiano Erico Rassi como principal homenageado do evento. Rassi é goiano, diretor, roteirista e montador, e trabalha com suas narrativas questões contemporâneas sobre masculinidade,machismo, violência e fronteiras. Dirigiu Come back, um matador nunca se aposenta, de 2017, e Oeste outra Vez, de 2024.

A tarde também foi palco para o lançamento de duas obras literárias. O e-book Águas Correntes – Mulheres no Audiovisual do Centro-Oeste, organizado pela professora Ceiça Ferreira (UEG) e pela roteirista e produtora Lidiana Reis,  reúne 25 textos — entre artigos acadêmicos, ensaios e entrevistas — que refletem sobre os desafios e conquistas das mulheres no audiovisual da região. Com o apoio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás (FAC) e publicado pela Editora da UEG, o livro é um desdobramento do Prêmio CORA, iniciativa coordenada por Lidiana Reis, ex-aluna do curso de Cinema e Audiovisual da UEG. Já a obra Agora e pouco antes - Direção de arte e cinema brasileiro apresenta análises e pesquisas sobre a direção de arte no cinema brasileiro, abordando longas-metragens de ficção e entrevistas com profissionais que ajudaram a consolidar essa função. Escrito pelo diretor de artes Benedito Ferreira, egresso da UEG e doutor em Artes pea UERJ, o livro foi publicada pelo selo goiano Rebellium Coletiva e conta com recursos da Lei Paulo Gustavo.

Encerrando a tarde, a professora Thais Oliveira, coordenadora do curso de Cinema e Audiovisual da UEG, e a equipe do Núcleo Audiovisual de Produção de Foleys da UEG  (NAUFO UEG) apresentaram o jogo Vétera. Lançado em 2024, o jogo  conta a história de Vétera, uma menina que se perde no Cerrado e interage com seres do folclore nacional. Em seguida, a professora Júlia Mariano (UEG) apresentou  a exposição Correspondências Fotográficas, fruto de um projeto de extensão envolvendo estudantes e professores da UEG, UFG e UFRJ. A proposta desafiou os participantes — todos aprendizes de fotografia — a se corresponderem com colegas desconhecidos por meio de imagens e presentes fotográficos. A exposição, que reúne essas trocas visuais e algumas das cartas enviadas, culminou em um encontro físico entre os envolvidos, que participam da montagem coletiva no espaço expositivo. Com curadoria das professoras Ana Rita Vidica (UFG), Júlia Mariano (UEG) e do professor Vinícius Ribeiro (UFRJ), a mostra está aberta entre os dias 10 e 15 de junho. Finalmente, como já é tradição, os trabalhos se encerraram com o café com prosa das Mulheres Coralinas de Goiás e a apresentação a série das Mulheres Coralinas. A série foi produzida por estudantes do curso de Cinema e Audivisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG), como parte da disciplina de Realização Audiovisual para TV e Novas Mídias, com orientação do professor Marcelo Costa. São seis episódios que contam histórias inspiradoras de mulheres que tiveram suas vidas transformadas pela Associação Mulheres Coralinas, fundada em 2016 na Cidade de Goiás.