CODOCÊNCIA E SURDEZ: POR UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA EFETIVA E CONCEITUAL
Em 2010, ao entrar na sala de aula, eu me deparei com um estudante Surdo. Havia, também, uma pessoa responsável pela mediação linguística, a “intérprete educacional”. Nos apresentamos, todos nós e, iniciada a aula, lá pelas tantas, eu comecei a falar sobre átomos, elementos químicos, substâncias químicas [...]. Ao olhar para “intérprete”, eu percebi que quando eu utilizava esses termos – da linguagem científica – ela não “batia mão” para falar com o estudante Surdo. Ao final da aula, perguntei por que ela não traduziu/interpretou aquelas palavras para o estudante Surdo. Ela disse: “isso aí, não tem jeito”. Apesar da existência de Leis e Decretos, as pessoas Surdas ainda enfrentam obstáculos linguísticos que as impedem da participação efetiva nos processos educativos especialmente no âmbito formal.
Nesse sentido, apresento para os sistemas educacionais uma modalidade de serviço que tem bons resultados no âmbito da educação inclusiva efetiva e conceitual de estudantes Surdos e não Surdos. O conceito básico da codocência prevê que dois profissionais devem atuar juntos no âmbito educacional, planejando, ensinando-aprendendo e avaliando em uma mesma sala de aula. Ambos são professores, mas um deles, além disso, é Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais/Língua Portuguesa (TILSP). Descubra nessa obra* a importância da codocência para processo ensino-aprendizagem de estudantes Surdos e não Surdos por uma educação inclusiva efetiva e conceitual.
*Este livro é resultante de minha tese de doutorado intitulada “Formação inicial de professores de Química em uma perspectiva de atuação profissional como tradutor e intérprete de Língua de Sinais: um estudo sobre a codocência”, defendida em 2018 na Universidade de Brasília.
Boa leitura.
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Eleandro Adir Philippsen – Licenciado em Ciências, com habilitação em Química (UEG-Formosa). Mestre em Ensino de Ciências (PPGEC/UnB). Doutor em Educação em Ciências (PPGEduC/UnB). É docente e coordenador na Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Nordeste Sede: Formosa-GO, (UEG-Formosa). Tem experiência na área de Química, com ênfase em ensino de Ciências/Química, atuando principalmente na Formação de Professores. Tem pesquisado sobre educação inclusiva efetiva e conceitual de estudantes Surdos e não Surdos. Atua no Laboratório Interdisciplinar em Metodologias Ativas (LIMA/UEG/CNPq), pesquisando Teorias da Criatividade e a Formação de Professores. E-mail: eleandro.philippsen@ueg.br