As produtoras goianas de cinema Bebop Filmes e Astronauta Pirata vão lançar cinco curtas-metragens nesta quinta-feira, dia 22. A sessão ocorre às 18h30 no Cine Cultura, na Praça Cívica, em Goiânia. A entrada é gratuita, mediante retirada de ingressos na bilheteria do cinema e está sujeita à lotação da sala, que possui 74 lugares. Dos cinco lançamentos, quatro são dirigidos por egressos da Especialização em Cinema e Audiovisual: Linguagens e Processo da Realização, ofertada em 2016 como parte das atividades do curso de Cinema e Audiovisual da UEG na Unidade Universitária Goiânia-Laranjeiras.

Os diretores e realizadores Luciano Evangelista, Bárbara Zaiden e Kaco Olímpio realizam diferentes funções nos projetos. Kaco é idealizador e diretor e fotógrafo de dois deles: "Resgate abelha" e" Mestres da terra". Além de dirigir "Resgate abelha" e "Sereia do Brava", Luciano assina a montagem de quatro curtas-metragens, com exceção de "Mestre da terra", e é responsável pela fotografia de "Terra delas" e "História Real da Violenta Conquista". Bárbara, por sua vez, assina a montagem ao lado de Evangelista e a produção, o som e a produção executiva de "História Real da violenta Conquista. A jornalista também é responsável pela divulgação nas redes sociais e assessoria de imprensa de todos os projetos.

Todas as obras receberam recursos da Lei Federal Paulo Gustavo, do Governo Federal, com apoio do Governo de Goiás e da Secretaria de Cultura (Secult Goiás). Acompanhe as sinopses:

"Sereia do Brava"

Com uma atmosfera noturna e de fantasia, "Sereia do Brava" traz cenas de locais conhecidos da capital, marca registrada do diretor em outras produções, como "Guará" (2016) e "Leblon Marista" (2016). A atuação fica por conta de nomes como Allan Jacinto, Otto Caetano e Milleide Lopes. Sereia é retratada por Larissa Sisterolli.

O diretor e montador Luciano Evangelista, da Bebop Filmes e egresso da especialização, dirige e assina a montagem a ficção "Sereia do Brava". A narrativa acompanha o personagem principal, Pedro, que viu notícias em jornais antigos sobre o local de enterro de uma mulher. Ele, então, convida o amigo MB a ajudá-lo na missão de todo o filme: desenterrá-la. O corpo dela pede o retorno para as águas do Parque Vaca Brava.

"Resgate abelha"

O risco de extinção de abelhas é iminente e o impacto que isso pode causar na produção de alimentos é enorme, afinal, elas são responsáveis pela polinização de diversos alimentos. Pensando na importância deste tema, o documentário "Resgate abelha" propõe uma reflexão contemplativa sobre a vida destes insetos e retrata o trabalho de preservação realizada por apicultores e meliponicultores. Além de mostrar como é feito o resgate de abelhas que se fixam em locais inusitados dos espaços urbanos, como em grandes alturas de prédios residenciais. O filme é dirigido pelo egresso da especialização da UEG, Kaco Olímpio, ao lado de Luciano Evangelista.

"Mestres da terra"

Também sob direção Kaco Olímpio, "Mestres da terra" é uma expedição pelo universo da arte ceramista em Goiás. Este é o episódio-piloto de uma série de documentários que retrata a versatilidade da cerâmica goiana, dos artistas do ramo e significado profundo que estas obras têm para a identidade cultural da região. As obras de Kaco são da produtora goiana Astronauta Pirata.

"Terra delas"

"Terra delas" tem como temática central a conquista da autonomia financeira das mulheres do campo que, historicamente, têm sido excluídas da divisão financeira das pequenas propriedades rurais. Com o trabalho coletivo da cozinha solidária do Movimento Camponês Popular (MCP) de Catalão, elas agora têm controle sobre o próprio dinheiro e liberdade para realizar sonhos. O documentário é a primeira obra dirigida pela jornalista Bárbara Zaiden, também egressa da especialização.

"História Real da violenta Conquista"

A sessão de lançamento no Cine Cultura ainda tem mais um filme na programação: História Real da Violenta Conquista. A desocupação do Parque Oeste Industrial, em Goiânia (2005), teve como resultado mortes, detidos e uma pessoa tetraplégica. A área, que não pagava impostos há anos e não exercia a função social prevista na Constituição Brasileira, foi ocupada por mais de 3 mil famílias que reivindicavam o direito à casa própria. Entre elas, está a família do jornalista João Paulo Alexandre, que dirige seu primeiro filme. Neste documentário, ele e a mãe Áurea, revisitam o local que foi palco de uma ação truculenta e brutal da Polícia Militar e hoje está abandonada, com lixo e muito mato espalhado. Áurea foi contemplada como uma casa no Setor Real Conquista, onde mora desde 2009.

(Comunicação Setorial, com informações do CriaLab|UEG)