Tendo como missão contribuir para a preservação e difusão do patrimônio cultural do Estado de Goiás, o Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania (IIDAC) e o Núcleo de Cooperação Internacional da Universidade Estadual de Goiás (UEG) criou no ano de 2005 o Grupo Folclórico Brasil Central (GFBC), que realiza diversas apresentações pelo Estado e no Brasil para exibir as manifestações folclóricas de Goiás. O grupo é composto por 40 pessoas, divididos entre corpo de dança, orquestra folclórica e o corpo de pesquisa, responsável por fazer estudos e buscar elementos históricos de todo Estado para agregá-los nas coreografias do GFBC.
Um dos principais objetivos do grupo desde a sua criação é oferecer oportunidades de enriquecimento cultural para adolescentes e jovens de comunidades urbanas, rurais e tradicionais de Goiás, possibilitando construir sua identidade individual e coletiva. “A nossa preocupação não é somente com a dança, também temos toda uma preocupação social e pedagógica, porque folclore é aprendizado”, afirma Cristina Bonete, uma das pesquisadoras do GFBC. De acordo com Julliana Freitas, uma das coordenadoras do grupo, todas as pesquisas feitas para a criação dos blocos é repassada para os jovens. “Todos eles sabem a fundo a história e a cultura que estão representando”, garante. A faixa etária dos participantes do grupo é de jovens entre 15 e 24 anos. A maioria é da região de Anápolis e fazem o trabalho no GFBC voluntariamente.
Um ano após a criação, o Grupo Brasil Central foi reconhecido pelo Conselho Internacional de Festivais Folclóricos e Artes Tradicionais (CIOFF), órgão vinculado à Unesco. Com isso, o GFBC passou a integrar uma rede de grupos que representam o Brasil em festivais internacionais. Além disso, a companhia ainda pode receber incentivos internaciona is e os professores que integram o grupo podem receber bolsas para projetos de pesquisa. No Brasil, de acordo com Cristina Bonete, cerca de 15 grupos fazem parte do CIOFF.
Atualmente o grupo trabalha no espetáculo Cores do Cerrado, que aborda diversas danças tradicionais do Estado. Traz em seu repertório: danças típicas, que exploram as belezas naturais da região central; danças tradicionais, que retratam a história dos tropeiristas da época do ciclo do ouro; Catira; Bois de Goiás, bloco de dança com as influências nordestinas trazidas durante a construção de Brasília; Marimbondo, dança que explora a comédia e é realizada para afugentar os marimbondos; Festa Goiana, bloco com as quadrilhas tradicionais e festas populares.
O espetáculo conta também com a Dança da Imigração, que relata a história dos imigrantes europeus e de várias partes do mundo trazidos para Goiás; tapuios, que representa a batalha entre tribos indígenas; al ém das manifestações de duas festas tradicionais no Estado: a Procissão do Fogaréu, na cidade de Goiás, e as Cavalhadas de Pirenópolis.
A última apresentação do grupo foi no 37° Festival Internacional do Folclore de Nova Petrópolis, no Rio grande do Sul, que aconteceu de 1° e 16 de agosto. O grupo foi muito elogiado, contam seus coordenadores. O GFBC já participou do Festival Internacional de Folclore e Cultura Popular de Caruaru em Pernambuco, em 2008, além dos diversos festivais e eventos culturais em Goiás.
(Marcelo Tavares)