O Câmpus Central de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual de Goiás (CET|UEG) abriu as portas, na última quarta-feira, 10, para a XIV edição do Conhecendo a UEG, que reuniu centenas de estudantes do ensino médio de Anápolis e região ao longo de todo o dia.

A ação tem como objetivo aproximar os jovens da instituição, apresentando seus cursos, processos seletivos e possibilidades de carreira acadêmico-profissional. De acordo com a coordenadora do evento, profa. Dra. Odália Bispo de Souza, a edição deste ano enfrentou um desafio: a baixa adesão de algumas escolas estaduais, em função da restrição de saída das turmas de 3ª série, que se preparam para o Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (Saego). “Apesar disso, o evento foi um sucesso", afirma a profa. Odália. "Tivemos a oportunidade de apresentar a essência do que fazemos na Universidade para jovens tanto de Anápolis, quanto de cidades do entorno, como Alexânia, Pirenópolis, Goianápolis, Corumbá de Goiás e Nerópolis. Recebemos também vários alunos da rede privada de ensino de Anápolis, que participaram pela primeira vez do evento. Foram aproximadamente 700 visitantes durante todo o evento”, completa.

Durante a ação, os estudantes visitantes puderam conhecer os cursos oferecidos, as possibilidades de atuação profissional, além de visitar as instalações do Câmpus. Foram desenvolvidas oficinas, experimentos, mini-palestras, mostras de trabalhos e outras atividades que orientam sobre a realidade de cada curso de graduação e a rotina universitária. 

Docente vinculado ao curso de Física do Câmpus CET, o prof. Elber Magalhães Torres explica que o momento não é apenas para apresentar a universidade, mas uma oportunidade para os alunos de licenciatura se aperfeiçoarem. "De alguma forma eles estão sendo preparados, adquirindo conhecimento. Aqui eles desenvolvem a comunicação de fenômenos relacionados aos seus cursos, são levados a criar experimentos, o que é muito relevante para eles, já que ao sair daqui, muitos vão atuar como professores, em sala de aula", destaca o professor.

Na mesma linha, o prof. João Alves Bento, que é docente do curso de Física do CET e também atua no ensino médio no Colégio Adventista, uma das escolas visitantes, pontuou que na interação entre ensino médio e ensino superior, o aluno consegue ver in loco o que o espera e o que se espera dele. "Aqui os alunos conseguem se encontrar com suas afinidades, ter contato com as ciências da terra, as ciências exatas, participar de experiências em laboratórios, amadurecer", destaca.  

Albine Lucciane, diretor do Colégio Prosperar, outra instituição visitante, avaliou positivamente a experiência: "Já participei de outros eventos semelhantes, mas este foi diferente. A começar pela organização e limpeza da Universidade, que chamou muito a atenção. E em nenhum outro evento havia visto esse cuidado em acompanhar os alunos de forma tão próxima. Isso fez toda a diferença, pois eles não ficaram dispersos e puderam aproveitar cada momento. As explicações nos laboratórios, a atenção com as dúvidas e a receptividade foram marcantes, ainda mais em uma fase da vida em que os jovens estão cheios de questionamentos sobre futuro e profissões".

O olhar dos universitários

Entre os acadêmicos que atuaram no evento, Yasmin Rosa, discente do 3º período de Química Industrial, fez demonstração de experimentos e curiosidades da área. Segundo ela, o momento permite divulgar os cursos de uma forma concreta, para que as pessoas realmente entendam suas áreas de atuação. "Essa ação é muito importante, especialmente para o curso de Química, que é um curso que muita gente tem medo de fazer, por conta das matérias, que são pesadas, mas aqui é possível ver que dá para se apaixonar pela Química", garante.

Outro acadêmico que participou do evento foi Elias Cavalcante dos Santos, aluno do 6º período de Física, que, junto com colegas do curso, apresentou experimentos relacionados a ótica e eletricidade para os estudantes visitantes. Elias acredita que participar do Conhecendo a UEG agrega a sua formação, que é na área das licenciaturas, no sentido de proporcionar uma visão da percepção dos estudantes de ensino médio em relação aos conteúdos da Física. "A partir dessa experiência, podemos ver como os alunos reagem aos conteúdos da Física. Alguns com um olhar mais metodológico e científico sobre a coisa, outros com um olhar mais de curiosidade, mas a maioria reage muito bem", explica.

Para Emily Ribeiro, aluna do 5º período do curso de Ciências Biológicas, a participação tem um caráter formativo para quem segue a licenciatura. Em sua segunda participação no evento, Emily acredita ser muito importante ter contato com os alunos da educação básica, do ensino médio. "É como se fosse um laboratório de licenciatura. E o licenciado tem essa missão de divulgar o conhecimento", ressalta. "Ficamos lisonjeados de receber esses alunos, de poder compartilhar um pouquinho do nosso mundo", acrescenta. 

A impressão dos estudantes

Letícia de Paula, 15 anos, é aluna do 1º ano na Escola Adventista de Anápolis. Ela conta que tinha dúvidas em relação ao curso que quer estudar quando concluir o ensino médio, mas que a visita à universidade a ajudou a tomar sua decisão. "Eu estava dividida entre Farmácia, Química ou Psicologia, três cursos que têm na UEG, mas a visita ao Câmpus me ajudou a ver com mais clareza o caminho que quero tomar. Quando vim aqui e vi mais sobre os cursos, minha dúvida passou e decidi por Psicologia", conta Letícia.

Já Ana Carolina da Silva Cabral, 17, aluna do 3º ano do CPMG - Christóvam de Oliveira, diz que pensa em estudar Psicologia e que conhecer a universidade pode ajudar os indecisos a escolherem o curso que querem frequentar. "Acredito que vir na universidade, ver diferentes cursos, entender um pouco sobre as disciplinas concretiza o sentimento do curso que a gente quer", pontua.

Ana Laura, que cursa o 2° período de Farmácia no Câmpus CET e colaborou no evento como monitora, conta que já esteve do outro lado, quando em 2024, quando finalizava o 3° ano do ensino médio, esteve presente no Conhecendo a UEG como visitante. "Ná época, vi os alunos da universidade nos guiando pelo câmpus e apresentando aquele lugar com um entusiasmo contagiante. Foi neste momento que eu soube que queria estar ali dentro, não como visitante, mas como aluna", relembra.

 

 

(Comunicação Setorial|UEG)