Estudantes do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG) apresentaram, na última terça-feira, 1º de julho, seus projetos em uma banca de pitching, realizada na Vila Cultural Cora Coralina, em Goiânia.
A atividade integrou a disciplina Realização para TV e Novas Mídias, ministrada pelo professor Marcelo Costa, como parte do processo de curricularização da extensão universitária. O evento teve como objetivo proporcionar aos alunos uma experiência prática de mercado, por meio da apresentação de projetos audiovisuais a profissionais experientes da área.
A banca foi composta pela produtora Cecília Brito e pelo cineasta e servidor da UEG Jarleo Barbosa. Cecília atua há mais de cinco anos em Goiânia na produção executiva e gestão de projetos audiovisuais, com destaque para os longas Vermelha e Mr. Leather. Já Jarleo é diretor e roteirista com mais de uma década de experiência, fundador da Panaceia Filmes e responsável por obras como o longa Hotel Mundial e a série Ar, com passagens por festivais e plataformas como a Amazon Prime.
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Para o professor Marcelo Costa, o exercício do pitching é uma ferramenta fundamental de aproximação entre a formação acadêmica e o mercado audiovisual. “Essa atividade simula uma prática comum em eventos de mercado, como o Mercado SAP, o Matapi e o Rio2C. Ao apresentarem seus projetos diante de profissionais da área, os estudantes exercitam não apenas suas habilidades criativas, mas também a capacidade de dialogar com agentes do setor”, afirmou. A iniciativa reforça o papel da universidade na formação crítica e profissional de seus alunos, aliando teoria, prática e inserção no mundo do trabalho.
Para Yuri Fagundes Carneiro, aluno do 3º período do curso de Cinema e Audiovisual da UEG e microfonista no projeto No Ritmo da rua, a experiência de desenvolver o pitching ao mesmo tempo em que o episódio piloto era produzido foi um grande desafio. Segundo ele, imprevistos durante as filmagens dificultaram o processo, mas a união da equipe foi essencial para superar os obstáculos. “Com o companheirismo e trabalho árduo de todos do grupo, conseguimos contornar os problemas e entregar um projeto que nos deu bastante orgulho”, afirmou. Yuri destacou ainda que o maior desafio foi traduzir o estilo do piloto para o pitching, especialmente por se tratar de uma proposta alternativa sobre artistas urbanos. “Decidimos fugir do formalismo na apresentação, focando no apelo visual com cores vibrantes, um texto fluido e uma formatação mais ‘caótica’, além de manter o foco na relevância social do projeto como uma plataforma para essas vozes criativas”, explicou.
Já Antonio Ribeiro, também do 3º período do curso e assistente de produção no Histórias à mesa, destacou o quanto o projeto foi desafiador, principalmente pelo tempo reduzido e pela complexidade organizacional. “A sorte foi que o grupo consegue trabalhar bem junto”, contou, reconhecendo que houve divergências, mas sempre resolvidas por meio de debate e decisões democráticas. Ele revelou que o conceito do programa foi definido em menos de 40 minutos, graças à sintonia do grupo, e que a etapa de produção exigiu esforço coletivo para conciliar agendas, buscar equipamentos e organizar as locações. “Cada um ciente de sua função, procuramos nos entregar ao máximo no processo”, afirmou. “Tivemos total orgulho do que alcançamos. Queremos refinar e alcançar novos lugares com o que produzimos. E para o Histórias à Mesa, só desejo vida próspera”, completou.
Confira os pojetos vencedores:
No ritmo da rua
Sinopse
No Ritmo da Rua é uma série documental que mergulha no coração pulsante da cena artística urbana de Goiânia. A cada episódio, somos conduzidos por uma jornada íntima ao lado de um artista diferente — grafiteiros, MCs, dançarinos, performers, músicos e outros criadores que transformam as ruas em palco e tela. Em conversas francas e registros do cotidiano, os episódios revelam não só a arte, mas a pessoa por trás dela: suas origens, batalhas, sonhos e a potência criativa que ecoa nas vielas, praças e avenidas da cidade. Um retrato vivo e sensível de quem vive a arte como forma de expressão, resistência e identidade.
Equipe:
Direção e fotografia: Hev Teske
Produção: Guilherme Arantes
Som direto: Stéfanny Rocha
Microfonista: Yuri Fagundes
Edição e Montagem: Felipe Hoelzle
Still: Gustavo Burns
Histórias à mesa
Sinopse
Histórias à mesa é uma série de microprogramas que registra em uma cozinha distinta o encontro de duas gerações, onde histórias de vidas são passadas enquanto ocorre a execução de uma receita tradicional familiar. Em cada episódio, uma nova receita é repassada por uma pessoa mais velha da família para um descendente. Ao realizar em conjunto a receita, esta se torna o ponto de partida para a partilha de memórias afetivas
Ficha técnica
Sabryna Ramalho, diretora e roteirista. Lis Coelho, assistente de direção, maquinária, elétrica e logo designer. Antonio Ribeiro, Assistente de produção, assistente de arte e orçamentista. Esther Alves, diretora de fotografia e produtora. Lorenzo Mezencio, assisente de fotografia e editor. Clarice do Carmo, diretora de arte. Davi Carvalho, técnico de som. Hingrid Guimarães, microfonista. Ana Paula Castro, still.
Centro-Oeste sombrio
Sinopse
Centro-Oeste sombrio é uma websérie no formato de minidocumentários com duração de três a cinco minutos, que apresenta relatos de diversas pessoas sobre suas vivências com fenômenos sobrenaturais na região Centro-Oeste.
Ficha técnica
Entrevistado: Alex Froes Direção: Stephany Luana
Assistente de Direção: Geovana Alves
Direção de Arte: Luana Passarinho
Direção de Fotografia: Elisa Cardoso
Assistente de Câmera: Mateus Lemos e Helena Genari
Som: Samira Arima
Luiza: Microfonista
Assistente de Som: Ravi Dourado
Produção: Samara Biankka
Assistente de Produção: Simone Alves
Still: Thallys Lauro
Edição: Felipe Hoelzle
(Comunicação Setorial, com informações do CriaLab|UEG)