A importância de pesquisas sobre bioinsumos para contribuir com a agricultura sustentável foi discutida durante a realização do 1º Seminário da Plataforma de Pesquisa e Inovação em Bioinsumos da Universidade Estadual de Goiás (UEG), realizado a última quinta-feira, 17, no Auditório da Reitoria da UEG, em Anápolis.
A abertura reuniu autoridades, como o o reitor Antonio Cruvinel Borges Neto; o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Cláudio Stacheira; o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto; o superintendente de Engenharia Agrícola e Desenvolvimento Sustentável, João Asmar Júnior, que representou o secretário estadual de Agricultura Pedro Leonardo de Paula Rezende; a diretora do Instituto Acadêmico de Ciências Agrárias e Sustentabilidade da UEG, Sueli Martins; a coordenadora da Plataforma de Pesquisa e Inovação em Bioinsumos da UEG, Taís Ferreira de Almeida, além de pesquisadores da Universidade, da Emater e da Embrapa Cerrados.
Ao explicar como funciona a Plataforma, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Cláudio Stacheira, disse que a proposta surgiu como uma estratégia de apoio na área da pesquisa e inovação com foco na produção de bioinsumos. "Somos dedicados a fortalecer a política de ciência, tecnologia e inovação do estado de Goiás", disse.
Para a coordenadora da Plataforma, Tais Ferreira, a Universidade tem muita ciência feita com qualidade que precisa chegar ao produtor rural. "O que o produtor quer saber? A UEG, com essa plataforma, vai buscar as respostas", destacou.
"Goiás foi o primeiro estado a criar um marco regulatório na área de bioinsumos", afirmou João Asmar Júnior. Segundo ele, é indispensável a participação da UEG nesse projeto de bioinsumos. "O bioinsumo vem para revolucionar e aumentar a produtividade", garante o superintendente.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto, salientou que o bioinsumo é muito importante para o desenvolvimento da agricultura sustentável. "Tenho certeza que daqui surgirão pesquisas valiosas nessa área, com impacto direto na sociedade", disse. O secretário resssaltou que o Estado conta com a UEG para formar capital humano e desenvolver pesquisa de ponta nessa área.
Ao abrir oficialmente o seminário, o reitor Antonio Cruvinel agradeceu a presença de todos e a confiança das autoridades e pesquisadores na Universidade. Antonio Cruvinel disse que a UEG tem muitos desafios. "O foco deve ser sempre o aluno, a pesquisa e a extensão. A nossa função é articular para que os recursos cheguem", salientou.
Palestras
Ainda pela manhã, o pesquisador da Embrapa Cerrados e presidente do Comitê Gestor do Portfólio de Bioinsumos da Embrapa, Dr. Fábio Bueno dos Reis Junior, ministrou a palestra "A pesquisa com insumos biológicos na Embrapa".
Fábio comentou sobre a iniciativa da UEG em promover o evento. “Vai ao encontro ao que o setor produtivo está buscando, quais sejam, alternativas de manejo viáveis economicamente e sustentáveis ambientalmente”. Ele coloca que dessa forma, os bioinsumos têm se mostrado como excelentes alternativas para uma produção melhor, e parabeniza: “A UEG já trilha um importante caminho quando identifica os atores que podem fazer parte desse processo e os colocou para conversar". Segundo ele é um passo inicial, mas muito importante que mostra que a Universidade está no caminho certo para ter bons resultados no tema.
No período da tarde, a programação contou com a palestra da coordenadora da Plataforma de Pesquisa e Inovação em Bioinsumos da UEG, profa. Dra. Taís Ferreira de Almeida, que abordou o tema "Bioinsumos na UEG: perspectivas e desafios". Na sequência, houve uma roda de conversa e o encaminhamento para formação dos Grupos de Trabalho (GTs).
A programação se encerrou na sexta-feira, 18, em Brasília, com a apresentação da SoluBio, seguida da palestra "Apresentação das pesquisas desenvolvidas na SoluScience", a ser ministrada pela diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da SoluBio Tecnologias Agrícolas, Dra. Rose Gomes Monnerat.
Para encerrar a programação na Capital Federal, haverá uma visita aos laboratórios da SoluScience, seguida de roda de conversa.
Mesmo reunindo pesquisadores que trabalham diretamente com bioinsumos e outros de área diferentes, o seminário trouxe uma visão comum aos participantes: a possibilidade de conduzir análises que antes não eram possíveis, assim como a oportunidade de interiorização da pesquisa, tendo reunido participantes de vários campus e unidades do Estado.
A Plataforma
A Plataforma é uma estratégia da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEG (PRP|UEG) para fortalecer as competências de pesquisa, pós-graduação e inovação da Universidade na área de Bioinsumos. "Essa é uma área estratégica para Goiás e para o País. Insere-se em um espectro temático maior, na agenda de Descarbonização, Sustentabilidade, Segurança Alimentar e Bioeconomia", explica o pró-reitor Claudio Stacheira.
Segundo o pró-reitor, na UEG, atualmente, são 21 pesquisadores integrados na PPIBio. A estratégia conta com fomento financeiro próprio continuado via PRP, iniciado em 2022, mais aporte para 2023 e 2024. Claudio diz que esse é o primeiro piloto da PRP para fortalecer a identidade da UEG em áreas temáticas estratégicas ao desenvolvimento de Goiás e à interiorização da pesquisa, pós-graduação e inovação.
"Além da PPIBio, em 2023 começaremos a Plataforma de Pesquisa e Inovação (PPI) em Segurança Hídrica. Em 2024, estão previstas no orçamento da PRP outras duas: PPI em Produção de Material Didático Escolar e Formação de Professores para a Educação Básica", explica Claudio.
(Comunicação Setorial|UEG)