
Pensando na necessidade de reinventar o momento de ingresso em uma Instituição de Ensino Superior, uma das saídas encontradas pelos câmpus da UEG é promover trotes solidários. Os direitos humanos e a solidariedade são incentivados, muitas vezes, por meio da arrecadação de alimentos a serem doados para as comunidades das cidades em que estão inseridos.
Há alguns anos as imprensas locais e nacional têm abordado casos de violência e agressão que resultam das práticas conhecidas como trote. O momento de ingresso na Universidade, que deveria ser marcado por boas emoções e integração entre estudantes, muitas vezes resulta em tragédias e mortes com agressões físicas, verbais e psicológicas contra os novos membros da comunidade acadêmica.
No ano passado, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) trouxe uma reportagem especial para conscientizar estudantes, docentes e técnico-administrativos sobre a importância do respeito e dos direitos humanos e combater as práticas do trote violento. Confira a matéria publicada AQUI.
Incentivo à consciência social
Os estudantes que ingressaram nos Cursos Superiores de Tecnologia em Agronegócio e de Tecnologia em Produção do Câmpus Edeia, juntamente com os seus veteranos, arrecadaram alimentos como parte das atividades do trote solidário.
A comunidade local e os alunos doaram 290 quilos de alimentos para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A Associação é uma organização social que visa promover a atenção integral às pessoas com deficiências, especialmente as que apresentam deficiências intelectuais e múltiplas.
Também foram arrecadados brinquedos pedagógicos para as 40 crianças que são atendidas pela Apae de Edeia. As entregas foram realizadas no último dia 31.
Há três anos a equipe do Câmpus Edeia organiza os trotes solidários. Em 2014, as doações foram feitas para o Lar de Idosos da cidade. No ano passado, as arrecadações de produtos de limpeza foram direcionadas para a Associação Edeense Transformando Vidas.
A professora Emylciane Costa Hercos, diretora do Câmpus, explica que o contato é essencial para o desenvolvimento da consciência social dos estudantes. “Com a tecnologia, as pessoas se distanciam umas das outras. Nós promovemos essas ações para levar os alunos até a comunidade e também trazer a comunidade até a UEG”, explica.

(Bárbara Zaiden| CeCom| UEG)