O Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Universidade Estadual de Goiás (Nepe|UEG), por meio do Programa de Extensão Centro de Estudos sobre Trabalho, Territórios e Desenvolvimento (CeTTeD), divulgou nesta semana os resultados da Pesquisa Mensal da Cesta Básica de Alimentos de Anápolis, referente ao mês de agosto de 2025.
De acordo com o levantamento, o custo da cesta básica na cidade passou de R$ 782,35 em julho para R$ 805,71 em agosto, um aumento de 9,69% em relação ao mesmo período do ano anterior. O valor corresponde a 57,38% do salário mínimo líquido (R$ 1.518,00), o que exige 116 horas e 46 minutos de trabalho para aquisição dos itens básicos de alimentação. Considerando uma jornada de 44 horas semanais, isso equivale a aproximadamente 13,27 dias úteis de trabalho destinados apenas à compra da cesta básica.
O resultado mantém a cidade, desde julho de 2024, com a cesta básica mais cara do eixo Goiânia-Brasília, com valores acima da média registrada nacionalmente em algumas capitais.
Entre os alimentos pesquisados, destacaram-se altas na carne bovina, pão francês, tomate, ovos, café em pó, banana, leite e feijão.
Com base nos dados da pesquisa e considerando a determinação constitucional de que o salário mínimo deve cobrir as despesas de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, lazer e outros, o Nepe|CeTTeD|UEG estimou que o salário mínimo necessário para a manutenção digna de uma família de quatro pessoas em agosto de 2025 deveria ser de R$ 10.113,90 – o equivalente a 6,66 vezes o salário-mínimo vigente.
A pesquisa mensal do Nepe|CeTTeD|UEG é realizada em sete supermercados de Anápolis, durante a terceira semana do mês, e segue a metodologia da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese.
O relatório técnico completo, com os preços detalhados por item, pode ser conferido aqui.
(Comunicação SetorialUEG)