A professora Keides Batista Vicente, docente da Universidade Estadual de Goiás (@keidesbatista) e o professor Vitor Hugo Abranche de Oliveira (Universidade Federal do Tocantins, @oliveira.vha) apresentaram o trabalho intitulado Fake News et la construction d’une politique negacioniste et revisioniste sur les violations des droits d’homme dans l’histoire récente du Brésil, na França.
Tal pesquisa foi apresentada no âmbito do colóquio La Néo-reaction — Extrême Droite et Mouvements Antidémocratiques en Amérique Latine au XXIème Siècle, dans le Contexte Numérique, organizado pelo Groupe de Recherche Identités et Cultures da Universidade Le Havre-Normandie, coordenado pelos professores Alberto Pacheco Benites et Myriam Boussahba-Bravard.
Os professores foram os únicos brasileiros no evento que contou com a apresentação de trabalhos de professores peruanos, colombianos, chilenos, argentinos, equatorianos, franceses, espanhóis e portugueses. Em um primeiro momento, o tema desenvolvido pelos professores brasileiros explora as últimas quatro décadas de história recente do Brasil, desde a lei de anistia de 1979, passando pelo processo de redemocratização nas décadas de 1980 e 1990, a criação da Comissão Nacional da Verdade na última década, abarcando a legislação e o conceito de Justiça de Transição até o recente governo de extrema direita realizado entre os anos 2019 a 2022.
No segundo momento, os professores desenvolveram hipóteses e debate sobre as estratégias negacionistas e revisionistas realizadas pelas “milícias digitais” a serviço de tal governo. A hipótese sustentada é a de que o negacionismo é um projeto político e, como tal, é sólido e arquitetado dentro de valores de ameaça econômica, desestabilização política, desconfiança do passado, ódio ao presente e medo do futuro.
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