Em reportagem de 29 de setembro de 2025, o jornal britânico The Guardian expõe como a demanda mundial por soja está “comendo” a Amazônia brasileira, por meio de um avanço acelerado da fronteira agrícola e devastação de florestas primárias.
Diante desse cenário crítico, o prof. Dr. Sandro Dutra, do RENAC, comenta: “quando tratamos expansão agrícola como paradigma de desenvolvimento, corremos o risco de sacrificar nossa biodiversidade e as populações tradicionais, sem observar os limites ambientais”.
O alerta internacional
A reportagem destaca que, mesmo após a implementação de moratórias (como a moratória da soja na Amazônia, firmada em 2006), parcela significativa da expansão das lavouras ainda ocorre em áreas recém-desmatadas, ameaçando ecossistemas sensíveis. Além disso, a necessidade crescente de infraestrutura (rodovias, portos, ferrovias) intensifica pressão sobre florestas remanescentes.
Esse dilema exige uma transição urgente para modelos agropecuários que respeitem áreas de refúgio ecológico, reforcem mecanismos de restauração e incluam práticas sustentáveis desde o planejamento inicial.
Relevância para políticas e pesquisa
Cabe ao Brasil articular uma agenda que concilie desempenho produtivo com proteção ambiental. Isso envolve reforço na fiscalização, incentivos à recomposição vegetal, uso de tecnologias de precisão, e a valorização de assentamentos e florestas comunitárias como barreiras vivas contra o desmatamento.
A repercussão internacional, como a do The Guardian, pode ser vista como um mecanismo de cobrança e conscientização para que governos, empresas e sociedade repensem os caminhos do agronegócio brasileiro.
Acesse a notícia completa em: www.theguardian.com/agriculture-deforestation-farming-soya-cultivation-eating-brazil-amazon