J. Francisco Morales (Departament of Plant Systematics, University of Bayreuth, Germany) em parceria com a profa. Isa Lucia de Morais (Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Quirinópolis) publicaram na revista Phytotaxa, o artigo intitulado "Studies in the Neotropical Apocynaceae LII: A synopsis of Laxoplumeria with three new species"
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O artigo traz uma sinopse com uma chave, descrição do gênero, sinonímia, descrições de espécies, distribuição, habitat, nomes vulgares (quando disponível), espécimes examinados, ilustrações e mapa de distribuição para as cinco espécies de Laxoplumeria conhecidas. Um novo sinônimo (L. macrophylla) é proposto e três novas espécies (Laxoplumeria aberrans J.F.Morales (endêmica da Guiana Francesa), L. longipetiolata J.F.Morales e L. verticillata J.F.Morales & I.L. Morais) são descritas. A pesquisa é uma importante contribuição para o gênero Laxoplumeria (Figura) no país, haja vista que faz uma atualização quanto ao número de espécies desse táxon. Laxoplumeria compreende cinco espécies: três endêmicas no Brasil, uma endêmica na Guiana Francesa (Laxoplumeria aberrans J.F.Morales) e a última distribuída do Panamá ao Brasil e Bolívia (L. tessmannii Markgr.). Este gênero é raramente coletado apresentando poucos exemplares nos herbários brasileiros e estrangeiros. As espécies apresentam pouca diferenciação morfológica o que gerou ao longo dos anos muitas mudanças nomenclaturais e diferentes opiniões entre os taxonomistas quanto ao reconhecimento deste gênero. Atualmente Laxoplumeria Markgr. pertence à Tribo Vinceae e à Subtribo Tonduziinae (Endress et al., 2014) e apresenta distribuição predominante, nos estados brasileiros onde ocorrem domínio fitogeográfico da floresta Amazônica e Mata Atlântica. Pela lista de espécies da Flora do Brasil (Reflora 2020, 2018) constam apenas três espécies (Laxoplumeria baehniana Monach., L. macrophylla (Kuhlm.) Monach., L. tessmannii Markgr.). Com a contribuição da pesquisa o número de espécies aumentou para quatro ((Laxoplumeria baehniana Monach. (endêmica dos estados do Acre e Amazônia), L. longipetiolata J.F.Morales (endêmica do norte da Amazônia); L. tessmannii Markgr. e L. verticillata J.F.Morales & I.L. Morais (com registros nos estados da Bahia e Minas Gerais). |