No último dia 10 de agosto foi publicada no Diário Oficial do Estado a nomeação dos novos pró-reitores da Universidade Estadual de Goiás, que atuarão na gestão do reitor Antônio Borges Cruvinel Neto.
Na entrevista de hoje, a Comunicação Setorial conversa com o professor Fábio Santa Cruz, pró-reitor de Extensão e Assuntos Estudantis da UEG.
Comunicação Setorial – Recentemente o Conselho Superior Universitário aprovou a curricularização da extensão na Universidade Estadual de Goiás. O que a PRE pretende fazer para concretizar essa norma?
Fábio Santa Cruz - Uma Instrução Normativa sobre o assunto será publicada no início do próximo mês, após consulta aos diretores dos institutos. Daí em diante, os cursos farão sua parte com o acompanhamento e o apoio da PRE, sempre que for solicitado.
Todos os nossos estudantes terão que participar de ações extensionistas e isso será muito importante para a formação deles. Essa nova realidade precisa ser valorizada por toda a comunidade acadêmica.
Comunicação Setorial – Como se dará a relação da PRE com os institutos acadêmicos?
Fábio Santa Cruz – Será uma relação de diálogo franco e permanente. Percebo que os institutos deram vida nova à graduação e o diálogo com a PRE, nesse contexto, só tem a melhorar.
Além disso, temos bons parceiros da extensão nos institutos: a diretora do Instituto de Ciências Agrárias e Sustentabilidade já foi Pró-Reitora de Extensão, a diretora do Instituto de Ciências da Saúde e Biológicas foi coordenadora geral da PRE. Estou confiante que o diálogo será muito positivo.
Comunicação Setorial – Uma das atribuições da PRE é articular o ensino e a pesquisa com as demandas sociais, buscando o comprometimento da comunidade universitária com interesses e necessidades da sociedade. Que projetos a Pró-Reitoria tem para fortalecer as ações extensionistas?
Fábio Santa Cruz – Acredito que desburocratizar o processo de aprovação da ação extensionista e melhorar a divulgação do trabalho que é feito nessa área terá um efeito benéfico enorme. Dará mais segurança a quem se envolve com a extensão, seja o propositor da ação, o participante ou o parceiro que está disposto a ajudar. Definir os macroprogramas de extensão da UEG será prioridade.
Uma demanda importante da comunidade acadêmica é o melhoramento da plataforma Pegasus. Demanda com a qual eu concordo. É preciso aperfeiçoá-la. Mudanças desse tipo podem fortalecer muito a extensão.
Comunicação Setorial – Como será a política de concessão de bolsas da PRE para estudantes que apresentarem projetos de extensão?
Fábio Santa Cruz - As bolsas são um mecanismo muito importante de assistência estudantil e durante a pandemia isso ficou ainda mais visível. Atualmente, milhares de estudantes recebem a Bolsa-Conectividade. Primeiro, é importante que o processo de concessão continue sendo transparente, multicampi, baseado no mérito para algumas modalidades de bolsas e no aspecto socioeconômico para outras. Depois, trabalharemos nos melhoramentos que forem possíveis. Esses melhoramentos vão desde a simplificação no processo de inscrição até a criação de novas modalidades de bolsas. Tenho interesse em discutir com representantes discentes essas mudanças. E não só essas. Acho que debater a assistência estudantil com o corpo discente é salutar.
Comunicação Setorial – Como a extensão pode contribuir para a formação dos estudantes da UEG?
Fábio Santa Cruz – A extensão é um momento especial na vida do estudante. É um momento de reforçar o aprendizado em contato com a comunidade, vivendo uma experiência nova, em ambiente diferente da sala de aula com suas regras tradicionais. A extensão, por isso, tem um aspecto mais lúdico.
Discentes costumam me dizer que participar de ações extensionistas foi não só enriquecedor do ponto de vista intelectual, mas também agradável em sua vivência.
Participar de uma ação da extensão é experimentar algo extraordinário no ambiente acadêmico.
Além disso, extensão e pesquisa se combinam e se reforçam mutuamente, com efeito notável sobre a formação dos discentes.
Comunicação Setorial – Na visão do senhor, qual a importância da extensão diante do contexto estudantil da UEG?
Fábio Santa Cruz – A extensão acolhe o estudante, oportuniza-lhe experiências instigantes, trabalha pela sua permanência, contribui com a sua formação e, assim, ajuda a produzir um saber que melhora o mundo. Isso é muito relevante e marca a passagem da pessoa pelo ambiente acadêmico. É uma missão que considero das mais relevantes do ensino superior.
Quando a PRE e o corpo discente se relacionam bem, dão mais força e vida à universidade. Precisa ser assim na UEG também.
A extensão acolhe o estudante, oportuniza-lhe experiências instigantes, trabalha pela sua permanência, contribui com a sua formação e, assim, ajuda a produzir um saber que melhora o mundo
Comunicação Setorial – Qual mensagem o senhor traz para os estudantes da UEG nesse início de gestão?
Fábio Santa Cruz – A UEG está entrando em uma nova fase. Temos um novo reitor eleito, temos perspectivas de superação das adversidades e temos também perspectivas de desenvolvimento. Trabalhar na produção do saber científico, debater com bom ânimo a realidade acadêmica e cooperar quando for necessário é o melhor modo de fazer com que essas perspectivas se confirmem.
Currículo
Fábio Santa Cruz - possui graduação (1999), mestrado (2002) e doutorado (2008) em História pela Universidade de Brasília. Já lecionou em instituições privadas de ensino superior e na Universidade de Brasília. Atualmente é professor titular da Universidade Estadual de Goiás. Dedica-se principalmente aos estudos de História do Brasil, com ênfase no período imperial. É pró-reitor de Extensão e Assuntos Estudantis.
(Dirceu Pinheiro|Comunicação Setorial|UEG)