O diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Flávio Anastacio de Oliveira Camargo, ministrou na tarde desta sexta-feira, 14, a palestra "Novas perspectivas para o desenvolvimento da pós-graduação", dentro da programação do último dia do VII Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Goiás (Cepe|UEG). A palestra contou com a participação do reitor da UEG, professor Valter Gomes Campos e teve a mediação do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Everton Tizo, com transmissão da UEG TV.
Em sua fala, o diretor da Capes, que tomou posse no cargo há menos de um mês, mostrou um panorama sobre a pesquisa produzida na pós-graduação brasileira. "A pesquisa produzida na pós-graduação brasileira tirou o país do atraso tecnológico, social e econômico e redefiniu nossos padrões de desenvolvimento". Apesar do avanço, Flávio salientou que a produção científica na Região Centro-Oeste tem as menores médias e ainda carece de um impulso, o que demanda um olhar mais próximo da Capes no que diz respeito ao combate às assimetrias regionais.
O diretor também disse que na política de expansão da pós-graduação brasileira o Plano Nacional de Educação (PNE) tem como meta atingir 60 mil mestres e 25 mil doutores titulados. De acordo com ele, atualmente no Brasil existem 11 doutores por 100 mil habitantes, o que acha pouco.
Outro aspecto abordado pelo diretor da Capes foi sobre as perspectivas para a avaliação do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). A intenção é trabalhar para obter resultados positivos, como qualidade assegurada pela avaliação por pares; formação de recursos humanos de alto nível; referência para a distribuição de bolsas e fomento à pesquisa; e o fortalecimento das bases científicas, tecnológicas e de inovação do País. Entre as frentes de atuação estão a normatização da avaliação, o aprimoramento da ficha de avaliação, a qualificação da produção intelectual, o planejamento institucional e autoavaliação e, por fim, a avaliação multidimensional. A avaliação multidimensional, explicou o diretor, tem cinco dimensões: Formação de pessoal, pesquisa, inovação e transferência de conhecimento, impacto na sociedade e internacionalização. “É preciso um novo olhar sobre o que a gente faz”, destacou.
Sobre os desafios para a pós-graduação brasileira, Flávio Camargo destacou que o Sistema Nacional de Pós-Graduação deve perseguir a qualidade, a assimetria e a internacionalização da pesquisa e também buscar fazer a transferência do conhecimento para a sociedade através da indução de programas estratégicos e do aperfeiçoamento do modelo de avaliação. Entre as perspectivas imediatas Flávio lista a avaliação quadrienal 2017-2020 e a preparação do modelo multidimensional.
Para conferir a palestra na íntegra, basta acessar o canal no Youtube da UEG TV.
Currículo
Flávio Anastacio de Oliveira Camargo é doutor em Ciência do Solo e mestre em Agronomia. Tem pós-doutorado na Universidade da Califórnia (Riverside) e na Universidade da Flórida (Gainesville), ambas nos Estados Unidos, e atua na área de microbiologia e bioquímica do solo e da ciência forense aplicada ao ambiente.
(Dirceu Pinheiro|Comunicação Setorial|UEG)