A pesquisa "Destinação Ambiental de Poluentes Emergentes em Águas Superficiais e Alternativas Sustentáveis de Mitigação: Abordagem Híbrida Experimental-Computacional" foi contemplada com fomento de cerca de R$ 233 mil das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa dos Estados de Goiás e de São Paulo (Fapeg e Fapesp). O projeto é uma parceria entre o grupo de Química Teórica e Estrutural da Universidade Estadual de Goiás (UEG) Câmpus Central – CET e o grupo de Pesquisa em Processos Oxidativos Avançados da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (AdOx-CESQ/PQI-EPUSP).
O valor, que será utilizado para o desenvolvimento das atividades do projeto, adveio da chamada pública 04/2019 da Fapeg - Auxílio à Pesquisa Colaborativa Fapeg-Fapesp. A pesquisa deverá ser desenvolvida em até dois anos e também conta com a parceria da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).
De acordo com o coordenador do projeto, professor Valter Carvalho-Silva, o financiamento permitirá a melhoria da infraestrutura dos grupos de pesquisa envolvidos, a criação de um ambiente de pesquisa colaborativo com outros centros brasileiros, bem como a disponibilidade de bolsa para o mestrado da UEG em Ciências Moleculares.
Segundo o professor, o objetivo da pesquisa é a otimização de processos que permitam a mitigação de poluentes emergentes utilizando uma abordagem híbrida experimental-computacional. Ele explica que micro-poluentes, como pesticidas, fármacos e outras substâncias, têm se tornado um importante desafio tecnológico da engenharia, tendo em vista que são encontrados com frequência cada vez maior em ecossistemas aquáticos e mesmo em águas de abastecimento.
"Estes poluentes estão relacionados a efeitos adversos à biota e à saúde humana. Contornar este desafio demanda a compreensão do comportamento dos poluentes no meio ambiente e o desenvolvimento de tecnologias capazes de minimizar sua emissão e ação em ambientes aquáticos", ressalta o pesquisador.
Valter Cardoso explica que resultados preliminares da pesquisa já têm permitido uma série de progressos como o desenvolvimento de plataformas computacionais baseado em inteligência artificial para a predição da eficiência de processos oxidativos na mitigação de micro-poluente, além da identificação dos produtos de degradação e estimativa da ecotoxicidade desses compostos em diversos ambientes aquáticos.
Estão envolvidos no projeto:
Modelagem Molecular- Grupo de Química Teórica e Estrutural da UEG (responsáveis: Valter Carvalho-Silva, Luciano Ribeiro e Renato Rosseto)
Técnicas Experimentais de Degradação de Micropoluentes- Grupo de Pesquisa em Processos Oxidativos Avançados da Escola Politécnica da USP (responsáveis: Antônio Carlos Teixeira e Bruno Ramos)
Procedimentos de Engenharia de Cristais Multicomponentes- Instituto de Física da UFMS (responsável: Paulo de Sousa Carvalho Jr)
O projeto também conta com o apoio da Subsecretaria de Tecnologia da Informação da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação do Estado de Goiás, que tem disponibilizado aos pesquisadores ambiente computacional para cálculos de alta performance.
(Núbia Rodrigues|Comunicação Setorial|UEG)