A busca pelo equilíbrio energético, necessária aos seres humanos, é objetivo do projeto de extensão "Avaliação do Efeito do Reiki na Redução do Estresse" coordenado pela professora Débora de Jesus Pires, da Unidade Universitária de Itumbiara, Universidade Estadual de Goiás (UEG).
O projeto é desenvolvido há dois anos e, antes da pandemia, o atendimento era presencial às quartas-feiras no período da manhã. Atualmente, o atendimento está sendo realizado a distância pelo WhatsApp, a partir da criação de três grupos: Docentes, Discentes e Servidores do Centro de Atenção Psicossocial de Itumbiara (Caps). Débora explica que todos os dias (incluindo sábados, domingos e feriados), às 21 horas, a energia Reiki é enviada. "Após o envio, deixo uma mensagem nos grupos. É importante esse retorno avisando sobre o envio. As pessoas que recebem podem perceber ou não sensações físicas: calor em alguma parte do corpo, formigamento ou uma sensação de paz e relaxamento. Os benefícios são os mesmos de uma sessão presencial, como por exemplo, equilíbrio das emoções, alívio nos sintomas de depressão, a ansiedade, insônia, redução do estresse", sintetiza.
De acordo com a professora, além de estudantes, servidores da UnU e servidores do Caps, também a sociedade em geral pode ser atendida pelo projeto, bastando apenas marcar o dia e horário com antecedência. Mais informações pelo e-mail da Coordenação do Projeto: debora.pires@ueg.br.
Reiki
O Reiki é um tipo de terapia de imposição de mãos. Ela é aprovada pelo Ministério da Saúde através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo usada como terapia complementar aos tratamentos convencionais. "É uma prática terapêutica que utiliza a imposição das mãos para canalização da energia vital visando promover o equilíbrio energético, necessário ao bem-estar físico e mental. Proporciona o pleno funcionamento celular e restabelece o fluxo de energia vital – Qi", ressalta a professora Débora. Ela diz ainda que a prática do Reiki responde perfeitamente aos novos paradigmas de atenção em saúde, que incluem dimensões da consciência, do corpo e das emoções.
Segundo a professora, a terapia Reiki possui um efeito positivo na redução da dor, hipertensão arterial, nos sintomas de ansiedade e depressão, na minimização dos efeitos da quimioterapia em pacientes oncológicos e na redução do estresse no ambiente de trabalho. "Essa terapia não tem contraindicação, sendo um tratamento complementar e em conjunto com o medicamentoso, portanto, em hipótese alguma, substitui o realizado pelas especialidades médicas porque é uma das práticas que pode ser utilizada de forma integrada e complementar ao tratamento médico", reforça.
Relatos
Na UnU Itumbiara, a terapia Reiki foi bem recebida pelos discentes. A estudante Sara Ramos, 32 anos, do curso de Farmácia, diz que percebeu uma melhora significativa na disposição física, aliada ao controle emocional e bem-estar social. "Estou muito feliz com os resultados e por ter conhecido o Reiki", diz.
Já a estudante Tatiane Soares de Macedo, de 20 anos, também do curso de Farmácia, inicialmente foi à sessão por curiosidade. Ela diz que havia comentários positivos dos colegas e como estava angustiada, tendo pesadelos, com baixo rendimento nas aulas, resolveu comparecer em uma sessão e os resultados foram muito bons. "No decorrer da semana, eu consegui dormir tranquilamente e já não tinha mais a angústia que me desolava, passei a ter mais concentração nas aulas, o que fez meu rendimento ser melhor", destaca. Ao perceber os resultados, Tatiane então indicou para as amigas e diz que, mesmo a distância, por conta da pandemia de covid-19, os efeitos têm sido tão gratificantes como no presencial.
"Quando experimentei o Reiki, me surpreendi com a experiência. Logo quis expandir a sapiência para meus alunos de Medicina e colegas de trabalho. Além de auxiliar no nosso próprio autoconhecimento, o Reiki corrobora com o autocuidado, tão necessário nos dias de hoje", relata Rafaela Miranda Proto Pereira, médica da Família da Secretaria Municipal de Saúde de Itumbiara e do CAPS.
Para a assistente social do Caps, Edna Alves de Souza Gato, a parceria com a UnU Itumbiara está sendo muito importante para os usuários do Centro de Atenção Psicossocial. "O trabalho desenvolvido pela professora Débora vem de encontro com a necessidade de equilíbrio emocional e no ambiente, para que haja harmonia e desaceleração das energias empregadas nos acolhimentos como nas relações interpessoais", salienta.
(Dirceu Pinheiro|Comunicação Setorial|UEG)