A Reitoria da Universidade Estadual de Goiás (UEG) publicou, nesta terça-feira, 17, duas portarias que tratam sobre o funcionamento de atividades acadêmicas e de gestão da instituição de ensino superior durante o período de emergência instituído na última sexta-feira, 13, por decreto do governador Ronaldo Caiado. O decreto trata de medidas de prevenção e controle contra a disseminação do novo coronavírus e da doença por ele provocada (Covid-19). Nas portarias da UEG, é reafirmada a suspensão das aulas presenciais a partir do dia 16 de março, com possibilidade de uso da tecnologia para ministrar disciplinas durante o período de suspensão, e é instituído o regime de teletrabalho na Universidade (onde não haja prejuízo na prestação o serviço) para evitar a circulação de pessoas.
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O reitor interino da UEG, professor Valter Campos, explicou que as medidas se tornaram necessárias em razão da pandemia da doença causada pelo coronavírus. “Temos preocupações e responsabilidades com toda a nossa comunidade universitária. Estamos inseridos dentro de um contexto social e não podemos ficar alheios ao que está acontecendo em Goiás, no Brasil e no mundo. Enquanto durar esse período de suspensão, buscaremos meios para minimizar os impactos para todos, em especial para os alunos. O uso de tecnologia para implementação do Plano de Ensino e Aprendizagem Continuada Emergencial, por exemplo, está sendo planejado para ser usado em breve. Importante frisar que a recomendação a todos os nossos alunos, professores e servidores que estiverem fora do ambiente da universidade nesse período é que fiquem em isolamento e evitem circular”, ressaltou o reitor.
Ainda na parte que trata sobre questões acadêmicas, além de prever a possibilidade de aulas não presenciais, a Reitoria também determina, pelo prazo de 15 dias, a suspensão de colações de grau, congressos, semanas culturais, palestras, exibições de filmes e todos os demais eventos públicos (como seminários e aulas magnas presenciais). Também é vedada a realização de reuniões presenciais de quaisquer naturezas, com qualquer número de participantes.
Outro ponto de vedação diz respeito a viagens oficiais a destinos nacionais e internacionais de servidores, docentes e alunos da UEG, assim como o recebimento de visitas oriundas do exterior e de outros estados nas dependências da UEG. Quanto ao pessoal ligado à UEG que regressaram recentemente do exterior e de outros estados, esses deverão informar a situação ao coordenador de curso (para alunos), ao instituto acadêmico vinculado (para os professores) e à chefia imediata (para servidores). Aqueles que estiverem com sintomas de Covid-19 deverão se submeter ao protocolo médico recomendado pelo Ministério da Saúde.
Também está proibida a circulação de terceiros nas dependências das unidades universitárias, câmpus e Administração Central da UEG. A ressalva diz respeito ao Restaurante Cidadão que funciona em Anápolis, nas dependências da UEG, e é gerido pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), que é quem define o modelo de funcionamento, com acompanhamento da UEG.
Também ficará restrita a circulação de pessoal da UEG entre câmpus, unidades universitárias e a Administração Central, assim como a circulação interna nesses locais. A portaria recomenda que isso seja evitado ao máximo, só sendo autorizado em caso de extrema necessidade. Durante o período de que tratam os documentos, a comunicação entre a comunidade acadêmica deverá ser feita por meio de ligações telefônicas, e-mails, aplicativos de mensagens, webconferências, dentre outros recursos tecnológicos.
A tecnologia também deve ser utilizada para reuniões de comissões, comitês, conselhos, entre outros. Isso também se aplica para as apresentações de trabalhos de conclusão de curso ou de dissertações de mestrado, bem como a defesa de teses de doutorado, cujo mecanismo a ser usado deve ser a webconferência. Caberá à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação analisar e deliberar sobre a continuidade das pesquisas que demandem estudos laboratoriais ininterruptos.
Teletrabalho e revezamento
Durante o período em que duram as restrições, as atividades administrativas da UEG passarão a funcionar em regime de teletrabalho e/ou revezamento, desde que as funções possam ser realizadas de forma remota e que não haja prejuízo ao serviço público. O teletrabalho é previsto por lei e será realizado remotamente por meio de tecnologia. O atendimento presencial ao público em geral se dará somente em casos de estrita necessidade, mediante justificativa e deliberação da chefia imediata, com agendamento por e-mail e comparecimento em data e horário previamente marcados.
“Não teremos prejuízos nas atividades desempenhadas pelos servidores da UEG. É preciso deixar claro que ninguém está de férias. Todos estarão em regime de plantão, inclusive o comitê constituído para a prevenção da doença causada pelo novo coronavírus. Temos diversas ferramentas tecnológicas disponíveis que podem ser usadas, inclusive, para reuniões e outras atividades remotas. Se a orientação das autoridades sanitárias e do Governo de Goiás é para que evitemos, ao máximo, o contato social, temos que cumprir nossa parte. É uma situação muito nova, mas temos que nos adaptar a ela e apresentar as melhores respostas possíveis”, acrescentou o reitor, professor Valter Campos.
(Comunicação Setorial|UEG)