O Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG) promove amanhã, 3 de dezembro, a 11ª Mostra de Cinema e Audiovisual UEG. O evento é gratuito e conta com a exibição de 10 filmes, a partir das 19h, no Cine Cultura. As obras escolhidas pela curadoria concorrem a prêmios concedidos pelo curso e parceiros.
A 11ª Mostra de Cinema e Audiovisual UEG tem identidade visual do designer e diretor do Câmpus Goiânia-Laranjeiras, professor Rafael de Almeida, a partir da tela Corpo Indivíduo, gentilmente cedida pelo artista visual Dalton Paula, além do apoio do Cine Cultura, Cria Lab UEG, Naya Violeta e Comitê Goiano Dom Tomás Balduíno de Direitos Humanos.
Olhar feminino
A curadoria das 10 obras que concorrem à premiação em 2019 foi realizada por um corpo de cinco professoras de Comunicação e/ou Cinema e Audiovisual de diferentes regiões do país: Adriana Amorim (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB), Carmen Luz (Escola de Cinema Darcy Ribeiro - RJ), Clarissa Motter (Universidade Católica de Brasília - UCB), Eliana Marcolino (Universidade do Vale do Rio Doce - Univale) e Lillian Bento (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB).
“A diversidade temática e de formatos dos produtos audiovisuais – curtas de ficção, documentários e videoclipes – evidencia os resultados de um trabalho de formação superior consolidado e em constante atualização”, analisa o diretor do Câmpus Goiânia-Laranjeiras, professor Rafael de Almeida.
Serão exibidas as produções: Paris (videoclipe, 3'59", dir: Paulo Morais); Apartamento Vazio (fic 16'35", dir: Paulo Morais e Pedro Hagaferr); Nosso (doc, 8'43", dir: Gustavo Silvestre, Jeancarlo Vítor, Jéssica Ferreira, Julianna Mainardi, Lays Rolin, Pedro Henrique Macedo, Robério Thainan e Sildênia Santos); Só mais um Dia (doc, 5'22", dir: Bruno Lacerda e Hal Wildson); Tela Preta (doc, 4'54", dir: Erik Ely); Em companhia (fic, 14'02", dir: Jade Moraes); A Visita (fic, 10', dir: Maykon Rodrigues); Resistência Vermelha (doc, 15', dir: Felipe de Mendonça e Cleubismar de Jesus); Eu, Poesia pra quem? (fic, 15', dir: Gleig de Souza e Silva); e Folha Amarela (videoclipe, 4'15", dir: Milena Ribeiro).
As obras serão julgadas pelo professor de Jornalismo da UFG Sálvio Juliano, pela professora de Publicidade e Propaganda da UFG Lara Satler, pelo produtor musical Olemir Cândido e pelos egressos do curso de Cinema e Audiovisual, os produtores audiovisuais Benedito Ferreira e Larissa Fernandes.
Premiação – As obras em competição concorrerão a prêmios para o 1º, 2º e 3º lugares, além do Prêmio Dom Tomás Balduíno de Direitos Humanos, oferecido pelo Comitê Goiano Dom Tomás Balduíno. O público presente também poderá eleger sua obra preferida, à qual será concedido o troféu de Melhor Filme segundo o júri popular.
Relevância
“Desde 2009, devolvemos à sociedade, por meio da mostra, os investimentos realizados no ensino superior público, gratuito e de qualidade em Cinema e Audiovisual no Estado de Goiás. Neste momento de tantas mudanças e incertezas políticas, sociais e econômicas, merecemos celebrar a importância do fazer cinema e da cultura audiovisual como trabalho digno de reconhecimento, respeito e investimento público permanente, desde a formação até a exibição, nas múltiplas telas do nosso cotidiano”, afirma a professora Geórgia Cynara, em nome da comissão realizadora da mostra, composta ainda pelas professoras Ana Paula Costa, Ceiça Ferreira e Thaís Oliveira.
“Trata-se de um momento para reencontrar nossos egressos, que mudaram para melhor o mercado audiovisual em Goiás, ao longo desses 13 anos de curso”, afirma o professor José Eduardo Ribeiro Macedo, coordenador do curso de Cinema e Audiovisual da UEG.
Programação
19h – Sessão competitiva (homenagem + premiação)
Paris (videoclipe, 3'59", dir: Paulo Morais)
Uma viagem com destino ao amor.
Apartamento Vazio (fic 16'35", dir: Paulo Morais e Pedro Hagaferr)
Duas pessoas dividem um apartamento sem tomarem conhecimento da existência uma da outra. Érica, corretora de imóveis, encontra no apartamento Isa, um adolescente em busca da sua identidade.
Nosso (doc, 8'43", dir: Gustavo Silvestre, Jeancarlo Vítor, Jéssica Ferreira, Julianna Mainardi, Lays Rolin, Pedro Henrique Macedo, Robério Thainan e Sildênia Santos)
O documentário, de contornos etnográficos, tem como proposta explorar o universo dos jovens que moram na CEU (Casa de Estudantes Universitários) da Universidade Federal de Goiás. Busca-se perceber a relação do espaço e daquele ambiente com seu cotidiano e a influência no comportamento de quem o habita.
Só mais um Dia (doc, 5'22", dir: Bruno Lacerda e Hal Wildson)
No centro de Goiânia a solidão é um personagem contrastante na narrativa da cidade. Em meio ao caos e a turbulência urbana encontrar espaços de vazio e reflexão é um desafio diante da cidade que nunca para. Nas entrelinhas de “Só mais um dia” conhecemos três personagens que negam suas solidões na medida em que assumem estar sozinhos. Esse é só mais um dia de trabalho, mas também é uma chance de pensar a vida através das vozes de Dona Eracy, Senhor João e Senhor Walmir.
Tela Preta (doc, 4'54", dir: Erik Ely)
Conforme a luz dura posicionada em contra plongée bate na pele dos personagens, juntamente com a grande angular que se aproxima, cria-se sombras que crescem e assustam, trazendo à tona os maiores medos de quem assiste, causando incomodo e horror, o cientista apresenta seu experimento.
Em companhia (fic, 14'02", dir: Jade Moraes)
Thais acaba de se mudar para o apartamento de sua prima Carol, após um trauma envolvendo sua namorada. Ela se vê confinada com sua própria loucura que a faz desconfiar de uma companhia dentro do apartamento.
A Visita (fic, 10', dir: Maykon Rodrigues)
Em uma era da extinção do café, e vinda de uma jornada por terras desconhecidas, aventuras e perigos, Amélia Maxell não tem mais dúvidas de seu maior desejo: uma apropriada paz e merecido descanso em sua legítima residência. Mas uma visita inoportuna pode interromper os seus planos. Baseado nas obras de Wes Anderson.
Resistência Vermelha (doc, 15', dir: Felipe de Mendonça e Cleubismar de Jesus)
O surgimento de um movimento antifascista dentro do futebol criada pela Vila Metal, torcida organizada do time Vila Nova Futebol Clube de Goiás.
Eu, Poesia pra quem? (fic, 15', dir: Gleig de Souza e Silva)
Jô é militante que mora na periferia e faz parte de uma organização que luta contra um governo opressor. Ao dar errado um protesto no centro da cidade, enfrenta a missão ingrata de vingar-se de um traidor.
Folha Amarela (videoclipe, 4'15", dir: Milena Ribeiro)
Sozinha na cidade, Conceição procura e relembra suas raízes, as rodas de coco de sua juventude.
(Geórgia Cynara| UEG Câmpus Laranjeiras)