O VI Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Goiás (Cepe|UEG) chega a seu terceiro e último dia de atividades nesta sexta-feira, 18, com exposição de painéis, oficina de teatro e roda de conversa sobre iniciação à docência.
Logo pela manhã, além da exposição e avaliação de pesquisas, foi realizada, no auditório do Câmpus Anápolis de Ciências Socioeconômicas e Humanas (CCSEH|UEG), oficina de teatro com o tema “Teatro na universidade. A literatura no teatro”. Na ocasião, graduandos do Câmpus Posse, sob a orientação da professora Mary Luci de Oliveira Lunezzo, apresentaram uma peça teatral baseada na obra literária Dom Casmurro, de Machado de Assis.
A professora, que leciona Morfologia e Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa para alunos do curso de Letras, acredita que o projeto, que já dura quatro anos, ajuda a disseminar cultura em uma região carente de entretenimento e arte. De acordo com ela, a iniciativa de criar um projeto de teatro no câmpus partiu dos estudantes: “o que me motiva é a motivação dos alunos, que não medem esforços para realizar as peças”, explica.
Roda de conversa
No período da tarde, foi realizada também no auditório do CCSEH, uma Roda de Conversa com o tema "Pibid e RP|UEG: limites e possibilidades da formação de professores".
A Drª Lílian Brandão Bandeira, professora do curso de Educação Física do Câmpus Eseffego e coordenadora do Programa de Residência Pedagógica da UEG, foi uma das mediadoras do diálogo. Ela explica que esse foi um momento para aglutinar os dois programas de formação de professores que existem atualmente na Universidade. Enquanto o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) é de participação facultativa e voltado para alunos do 1º ao 4º períodos, a Residência Pedagógica (RP) é exigência curricular para alunos de licenciatura a partir do 5º período. “É necessário discutir as proximidades, os distanciamentos e as discrepâncias entre os dois programas nessas duas etapas da formação docente”, afirma.
Ela ainda argumenta que o debate sobre a formação de professores precisa ser colocado como prioridade, especialmente na UEG, considerando-se o alto número de cursos de licenciatura oferecidos pela Universidade. “Uma universidade multicampi, com vasta oferta de cursos de licenciatura deve tematizar e protagonizar a formação de professores”, reitera.
A outra mediadora da Roda de Conversa foi a Drª Viviane Pires Viana Silvestre, professora do curso de Letras no CCSEH e coordenadora do Pibid na UEG. Ela explica que os programas são de grande relevância na formação dos professores pois possibilita o contato com as escolas muito antes do estágio, o que permite que eles se aperfeiçoem mesmo antes de entrar no mercado de trabalho. “É uma prática reflexiva, teórica e de vivência, que devolve resultados para a escola e estabelece o contato com a universidade”, denota.
(Daniel Prates|CeCom|UEG)