Foi realizado na última segunda-feira, 24, o lançamento do Programa de Desenvolvimento Regional por Intermédio de Parques Tecnológicos. O evento, organizado pelo Governo de Goiás, teve como objetivo apresentar os projetos de cinco Parques Tecnológicos do Estado, entre eles o Parque Tecnológico Comdefesa/UEG (Anápolis).
O reitor da Universidade Estadual de Goiás, Ivano Devilla, e o assessor de Projetos Estratégicos da UEG e membro do Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás (Comdefesa), Cláudio Stacheira, participaram do evento, que também contou com as presenças do governador Ronaldo Caiado, do secretário de Desenvolvimento e Inovação, Adriano Rocha Lima, e do senador Vanderlan Cardoso. Participaram ainda os reitores das universidades Federal, Católica e privadas, autoridades de todas as áreas envolvidas com o desenvolvimento econômico, científico, político e social do Estado, especialmente representantes do setor de ciência e tecnologia.
Durante a abertura do evento, Adriano Rocha Lima ressaltou a importância dos Parques Tecnológicos como “ponte de ligação e de acompanhamento entre os geradores de conhecimentos tecnológicos, no caso, as universidades, e os setores produtivos que se deseje alcançar”. O secretário destacou os efeitos transformadores do trabalho desenvolvido nos Parques Tecnológicos.
De acordo com ele, o governador garantiu que a política de desenvolvimento tecnológico terá todo o respaldo do Governo. “Para isso, contamos com o apoio dos nossos representantes”, referindo-se aos deputados e senadores eleitos à Câmara, Senado e Assembleia. Ele também destacou o evento Campus Party, que será realizado pela primeira vez em Goiás e conta com o apoio do governo estadual, e finalizou sua fala dizendo que “inovação tem que ser realidade no Estado, e não só expressão de marketing”.
O senador Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, elogiou as iniciativas do governo de Goiás no sentido de apoiar a instalação e operação dos Parques Tecnológicos, que, segundo ele, vão se somar aos demais projetos existentes no País. Lamentou que ainda se invista tão pouco em tecnologia e inovação no Brasil e elogiou a iniciativa do governo goiano nesse sentido. Destacou a necessidade de se fazer convênios para a área de Inovação e Tecnologia, a exemplo do que está sendo feito em Goiás.
Parques Tecnológicos
Os Parques Tecnológicos são empreendimentos que têm por objetivo atrair, criar, incentivar e manter empresas de base tecnológica e instituições de pesquisa como meio para a concretização de projetos que gerem desenvolvimento econômico, inclusive geração de emprego e renda.
O programa do governo estadual prevê a implantação dos seguintes parques tecnológicos: Samambaia UFG (Goiânia); Alpha Parque (Cidade Ocidental); Parque Tecnológico Instituto Federal Goiano – TecnoIF (Rio Verde); Parque Tecnológico Aparecida Tec (Aparecida de Goiânia); e Parque Tecnológico Comdefesa/UEG (Anápolis). Também existe a possibilidade de implantação de um Parque Tecnológico em Jataí.
O diferencial dos Parques Tecnológicos, apontado por Adriano Rocha Lima, é o acompanhamento do projeto desde a criação inicial ou ideia, passando pela transformação até sua aplicação prática, e daí a geração positiva de empregos em empresas vocacionadas em sua área de atuação. Ele pontuou alguns eixos bem definidos e apoiados pelo governo em Goiás, como o agronegócio, mineração, logística, tecnologia da informação e comunicação, saúde, moda, defesa e segurança.
Durante o evento, representantes dos Parques explicaram as áreas principais de atuação de cada um dos locais, suas operações e planejamentos estratégicos, evidenciando o perfil de cada unidade dentro das vocações regionais em que estão inseridas.
Parque Tecnológico Comdefesa/UEG
Para Cláudio Stacheira, o Parque Tecnológico Comdefesa/UEG tem dupla função: primeiro inserir Goiás no mercado de ciência e tecnologia de defesa do mundo; e, segundo, trazer para dentro da indústria goiana toda a tecnologia que a indústria de defesa gera e que transborda para a indústria comum, como os celulares, o micro-ondas, entre outros.
Segundo o assessor de Projetos Estratégicos da UEG, o mercado de defesa movimenta em torno de 1,5 trilhão de dólares por ano no mundo, e o Brasil tem uma participação bastante modesta. “Trazer esse mercado para Anápolis significa inserir Goiás nesta rota de desenvolvimento”, destacou.
A perspectiva é que o Parque seja desenvolvido em duas etapas. A primeira está prevista para ser executada dentro do Centro de Convenções de Anápolis, com previsão de implantação do Núcleo de Inovação e Negócios, que é o mecanismo gerador do Parque. Já a segunda etapa prevê a materialização do complexo científico e também o parque industrial 4.0 dentro do Câmpus de Ciência Exatas e Tecnológicas da UEG.
Para Cláudio, o grande mérito do projeto é promover uma integração entre vários equipamentos que estão próximos do Centro de Convenções de Anápolis. “Temos uma área somada de 1.200 hectares envolvendo tanto o Distrito Agro-Industrial de Anápolis, quanto a Plataforma Logística, o Aeroporto de Cargas e o Câmpus da UEG. É um verdadeiro HUB de oportunidades do ponto de vista logístico e também de desenvolvimento regional mediante a vocação que o município já dispõe”, ressaltou.
(Núbia Rodrigues| CeCom| UEG , com informações da Sedi)