Pesquisas científicas relacionadas à área da saúde que produziram conhecimentos e práticas interdisciplinares nas áreas de biotecnologia, saúde física e mental, inovações em saúde e sanidade animal foram publicadas no livro Ciências da Saúde: Saberes e Práticas Interdisciplinares, lançado no dia 21 de maio, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas a Produtos para Saúde (PPGCAPS) da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Os 20 trabalhos científicos publicados nesta edição do livro contaram, direta ou indiretamente, com o fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), por meio de, no mínimo, 16 projetos aprovados em suas diversas chamadas públicas.
A publicação é inédita e reúne alguns trabalhos desenvolvidos por mestrandos e professores da UEG desde 2014, quando o PPGCAPS iniciou suas atividades, após recomendação de sua proposta pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Além disso, conta com a participação de colaboradores vinculados a outras instituições de ensino, com expertise nas áreas de abrangência da obra. O livro em formato e-book está disponível para download gratuitamente no link da editora da UEG http://www.editora.ueg.br/conteudo/3858_ebooks .
“Biólogos, biomédicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, psicólogos, químicos, entre outros profissionais da área, que possuem em comum o interesse pela pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços inovadores para saúde, poderão se beneficiar com a leitura e o estudo desta obra,” acreditam as organizadoras do livro Joelma Abadia Marciano de Paula e Vanessa Cristiane de Santana Amaral, professoras da UEG vinculadas ao PPGCAPS. Elas esperam que o livro possa culminar em novas parcerias e propostas de pesquisas interdisciplinares, com impactos positivos para a saúde da população.
A partir desta primeira edição do livro, o corpo docente do Programa planeja torná-la frequente, “a fim de atualizar as informações, já que o conhecimento e a tecnologia na área da saúde crescem vertiginosamente a cada ano. Ainda não definimos qual será a periodicidade das próximas edições”.
O livro
As pesquisas foram organizadas por capítulos apresentados em quatro eixos centrais. Na apresentação do livro, as organizadoras comentam sobre a disposição dos capítulos:
No primeiro eixo, “Biotecnologia, Bioprodutos e Saúde: dos Microrganismos às Plantas” são abordados temas como: estratégias de controle de biofilmes microbianos utilizando carvão ativado impregnado com prata; eficácia e segurança da planta medicinal Pimenta pseudocaryophyllus; tecnologias utilizadas no desenvolvimento de fitoterápicos; características e utilizações de exopolissacarídeos bacterianos; toxicidade, atividade antimicrobiana e fitoquímica de Machaerium opacum; lactonas e Aeollanthus suaveolens; obtenção de bioprodutos microencapsulados e enzimas hidrolíticas bacterianas utilizadas em biotecnologia.
No segundo eixo da obra, “Saúde Física e Mental: Desafio Interdisciplinar”, os autores oferecem aos leitores reflexões sobre a medicina e a ciência da dança; desenvolvimento da criança com foco na prevenção em saúde e promoção do crescimento; a vitamina D e a saúde pública, bem como a intervenção em oncologia para além dos produtos alopáticos, abordando a perspectiva da psicologia neste processo.
O terceiro eixo, “Pesquisa e Inovação em Saúde: da Tecnologia Farmacêutica aos Ensaios de Toxicidade em Animais”, apresenta temas como: definição, síntese, atividade biológica e estudos espectrométricos de chalconas; estratégias para a formulação de produtos farmacêuticos mucoadesivos; barreiras biológicas e desafios na administração pulmonar de fármacos; uso de tomografia por emissão de pósitrons no diagnóstico por imagem; utilização de nanobiopolímeros em produtos para saúde e testes de toxicidade em animais na pesquisa e desenvolvimento de produtos para saúde.
No quarto e último eixo, “Sanidade Animal e Saúde Pública”, os autores abordam o uso de produtos alternativos aos antimicrobianos na avicultura e o efeito do medicamento lactulose na saúde sistêmica de aves, com possíveis impactos na saúde pública
Fomento da Fapeg
As 16 pesquisas fomentadas pela Fapeg que estão ligadas aos trabalhos publicados no livro contribuíram para a formação de pesquisadores, produção de conhecimento científico, para a solução de problemas na área da saúde e, ainda, para o fortalecimento do programa de pós-graduação (PPGCAPS). Foram bolsas e outros apoios lançados como sementes e que vão trazendo retornos em pequeno, médio e longo prazo. Nos últimos anos, a Fapeg desenvolveu um intenso trabalho para a formação de pesquisadores no Estado de Goiás, por meio da concessão de bolsas de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado. Foram mais de 2.500 bolsas nas mais variadas áreas do conhecimento.
“O apoio financeiro da Fapeg é crucial para a execução dos projetos de pesquisa do Programa e, consequentemente, para os impactos que os resultados dos mesmos podem ocasionar”, ressaltou Joelma de Paula, que é professora de graduação em Farmácia da UEG Câmpus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo. Segundo ela, esses impactos são refletidos tanto na forma de benefícios diretos para a sociedade, por meio de soluções para questões de saúde da população, como para o avanço científico e tecnológico na área da saúde. Joelma acrescenta que, “o apoio financeiro, por meio de bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado, incentiva o jovem com vocação para a pesquisa a ingressar na carreira acadêmica, formando os pesquisadores e docentes do futuro”.
“Fazer pesquisa no Brasil não é uma tarefa fácil, mas é uma missão delegada a nós pesquisadores que abraçamos a carreira com dedicação e muito trabalho. O desenvolvimento da pesquisa só é possível com o apoio de agências de fomento como a Fapeg”, ressalta a pesquisadora Cibelle Kayenne Formiga, que teve projetos apoiados pela Fapeg e são detalhados no livro. “Na minha carreira profissional até hoje contei com a Fapeg financiando quatro grandes pesquisas de minha autoria e que culminaram com o desenvolvimento de produtos científicos, formação de recursos humanos em pesquisa e impacto social na vida das pessoas envolvidas. Considero o papel da Fapeg essencial para o desenvolvimento da ciência no Estado de Goiás”, completa.
Fonte: Helenice Ferreira, da Assessoria de Comunicação Social da Fapeg