Para marcar a data do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) realizou, nesta quinta-feira, 25/04, um evento no auditório da administração central. O evento contou com uma palestra e roda de conversa sobre o tema do autismo.
O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Márcio Dourado, introduziu a palestra tratando da importância de eventos com a temática do autismo, visto que é papel da Universidade formar cidadãos que sejam informados sobre as especificidades do autismo, além de dar oportunidades para as pessoas com o transtorno. “É importante que esta conversa não fique restrita apenas à palestra”, afirmou o pró-reitor.
Panorama
A psicóloga Leulaine Reis Silva fez um panorama geral sobre o autismo e suas especificidades. Segundo ela, os primeiros sinais de aparecimento do autismo, que é um transtorno do neurodesenvolvimento, ocorrem a partir de 12 a 24 meses de vida. A psicóloga apontou a importância da ajuda médica após o aparecimento dos primeiros sinais.
Leulaine explicou que a base do autismo é o comprometimento da área de sociabilidade do indivíduo, que apresenta prejuízos persistentes na interação, além da dificuldade em ler expressões faciais e emoções.
Para a psicóloga, é muito importante que os pais sejam envolvidos na busca por mais informações sobre como o transtorno se manifesta em seu filho.“É importante que os pais sejam ativos no conhecimento sobre o transtorno para que possam auxiliá-los”, afirmou.
Convivendo
Segundo Leulaine, a abordagem a ser realizada em indivíduos do espectro do autismo deve ser interdisciplinar, com tratamentos psicológicos, fonoaudiológicos e treinamento de comportamentos. A psicóloga também afirma ser importante a prática de esportes, tanto pelo exercício físico quanto para a integração social com crianças típicas.
A roda de conversa contou com a presença do professor Antônio Neto, diretor do câmpus Trindade, a servidora da UEG, Rita Boarin e a nutricionista Waléria Nascimento, que compartilharam suas experiências com filhos autistas. Para a servidora Rita, antigamente a situação era mais difícil: “as gerações que estão por vir vão colher os frutos da luta pelo reconhecimento”, denotou.
(Anna Carolina Mendes|CeCom|UEG)