Por Anna Carolina Mendes
Educação e tecnologia caminham cada vez mais juntas e, nesse trajeto, os aplicativos têm facilitado a comunicação e o acesso à informação no ambiente acadêmico, permitindo maior contato das pessoas com livros, revistas e também com outras pessoas.
O acesso remoto aos periódicos da Capes, a ferramenta de videoconferência e o Minha Biblioteca são exemplos de como a Universidade Estadual de Goiás (UEG) está unificando e facilitando a forma de acesso a livros e periódicos, totalmente online. Os serviços de armazenamento de arquivos em nuvem oferecem a possibilidade de compartilhamento de um número muito maior de exemplares de livros e, também, acesso a títulos antes pouco acessíveis nos meios tradicionais.
Um serviço que já era oferecido para a comunidade acadêmica, a Plataforma de Periódicos da Capes, ficou muito mais fácil de ser utilizado. Antes, professores, alunos e servidores da UEG só podiam acessar as bases científicas da Capes de dentro da instituição. Agora, qualquer pessoa da comunidade acadêmica pode acessar o portal de qualquer lugar, por meio do seu número de CPF e senha utilizados no sistema ADMS da Universidade. O login é feito por meio da Rede CAFe - Comunidade Acadêmica Federada, que unificou os serviços.
Disponibilizado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a nova plataforma uniformizou a forma de identificação do usuário. “A partir do momento que a gente conseguiu essa novidade, a primeira fase foi estabelecer a conexão de todos os câmpus com o serviço da RNP, estabelecendo a infraestrutura e a telecomunicação”, explica o coordenador da Assessoria de Projetos de Informática da Gerência de Inovação Tecnológica da UEG (GIT), Roberto Jaime.
O Portal de Periódicos da Capes disponibiliza mais de 38 mil publicações periódicas, tanto nacionais como internacionais, com textos que abrangem todas as áreas do conhecimento. Na esteira do conhecimento compartilhado em nuvem, a plataforma digital Minha Biblioteca é uma ferramenta que disponibiliza mais de 8 mil títulos totalmente online, que podem ser obtidos de qualquer aparelho com acesso à internet. “É uma ferramenta importantíssima para que os alunos tenham acesso a um universo de literatura que, dificilmente, nós conseguiríamos ter em cada biblioteca, de cada câmpus”, afirma a pró-reitora de Graduação da UEG, professora Maria Olinda Barreto.
De acordo com a Pró-Reitora, os estudantes têm maior facilidade para utilizar ferramentas digitais, mas é necessário orientação específica, porque eles têm contato com uma grande quantidade de informações, o que difere do conteúdo de livros, que possuem conhecimento elaborado. “Nesse sentido, a gente tem duas tarefas: informar ao aluno sobre a existência da plataforma, mas, igualmente, que os professores possam motivá-los a utilizar esse instrumento, que é fundamental para criar uma cultura de leitura dos títulos disponíveis”, denota a professora.
Com a facilidade de aquisição de livros online no Minha Biblioteca, a pró-reitora Maria Olinda acredita que a ferramenta anda junto com a nova forma que os alunos têm de relacionar-se com o conhecimento: “Essa geração é muito conectada e pode realizar as leituras de onde estiver”, propôs. Os resultados positivos da implementação da plataforma são visíveis com a boa avaliação que recebeu do Conselho Estadual de Educação e da adesão, cada vez maior, de alunos que têm contato com os títulos disponíveis.
Um passo importante para ser dado depois da implementação das novas ferramentas é a capacitação de pessoal e professores para que utilizem as plataformas, incentivem a comunidade acadêmica e a oriente para o melhor aproveitamento. “A ferramenta é simples, mas existem detalhes que precisam ser trabalhados em conjunto com os professores. Não tem muito segredo, mas uma boa ideia é criar alguns propagadores para facilitar que o professor e quem for usar a plataforma aprenda todas as suas possibilidades de uso”, afirma o coordenador Roberto.
Para Roberto, o principal benefício das novas plataformas de acesso aos acervos é a popularização de conhecimento científico que desenvolve mais ciência. Outra vantagem, agora para a própria instituição, é o baixo custo das ferramentas. Se fosse em um meio físico, exigiria muita infraestrutura e capacidade de recursos humanos. “No nosso cenário atual, isso não seria possível, então é uma vantagem muito grande. É um serviço que sai, basicamente, sem custo para a instituição”, indica o coordenador.