Homens que tiveram pai ou irmão diagnosticados com câncer de próstata antes dos 60 anos apresentam risco de 3 a 10 vezes maior comparado à população em geral
Por Weber Witt, CeCom | UEG
A Coordenação de Desenvolvimento Humano da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Universidade Estadual de Goiás (PrDI|UEG) realizou nesta quarta-feira, 21, palestra voltada para a saúde do homem.
A atividade faz parte da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Ministrada pela enfermeira Sabrina Marçal, mestre em Doenças Infecciosas pela Universidade Federal do Espírito Santo, a palestra Saúde do homem abordou as principais causas de mortalidade masculina e os meios que ajudam a aumentar a longevidade.
Um dos caminhos, segundo Sabrina, é ter iniciativa e atitude de se cuidar. “Perder o medo de ir ao médico não é sinônimo de fraqueza. Os homens representam quase 60% das mortes no país”, afirmou, acrescentando que eles vivem 7,6 anos menos que as mulheres.
Além de viver mais, elas são as maiores incentivadoras da mudança de comportamento dos homens em relação à saúde. “O câncer de próstata atinge grande parte da população masculina e, mesmo assim, é um tema que enfrenta muitas barreiras”, afirmou a enfermeira.
Para o técnico-administrativo Elio Silva, assessor do Setor de Aquisições da Administração Central da UEG, uma dessas barreiras é a cultura machista ainda presente na sociedade.
“Estamos acostumados com a preocupação da mulher em relação à própria saúde e às doenças que estão sujeitas. Mas, essa preocupação, preponderante entre elas, deve ser também uma prática comum entre os homens”, opinou o servidor.
Sinais de alerta
O rastreamento da doença deve começar a partir dos 45 anos quando existem fatores de risco, como pai ou irmão diagnosticados, e a partir dos 50 independente dos fatores de risco.
Por ter evolução silenciosa, dificilmente os sintomas iniciais do câncer de próstata recebem a devida atenção. “Dificuldade ou necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite, dor óssea, infecção generalizada ou insuficiência renal são sinais de alerta”, pontuou a enfermeira Sabrina Marçal.
Diante de queixas, recorrer ao álcool não é a solução, já que o consumo em excesso está associado a um maior risco de câncer de próstata. Segundo Sabrina, o alcoolismo é predominante entre os homens, representa 19,5% dos casos. Para cada seis pessoas do sexo masculino que fazem uso de álcool, um fica dependente.
Homens saudáveis que se preocupam com a saúde
Alimentação saudável, prática de atividades física e ir ao médico regularmente são algumas das atitudes que previnem doenças e problemas maiores.
De acordo com o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UEG, Márcio Dourado Rocha, a proposta da programação foi abordar a saúde não como tabu, mas como um desafio a ser vencido pelo público alvo.
Foto: Técnico-administrativo
Elio Silva e o pró-reitor Márcio Dourado
“Enquanto atuantes em uma Instituição de Ensino, a ideia aqui é de não somente absorver o que foi dito, mas multiplicar o conhecimento e incentivar à prevenção como melhor remédio. Muitos estão morrendo por puro preconceito em procurar ajuda”, ressaltou o pró-reitor.