20h10. Filas formadas, burburinho ao redor, 45 rostos ansiosos à espera de escutarem os nomes de seus cursos para caminharem rumo ao início de suas novas carreiras. Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Agrícola. Tiveram início na noite de segunda-feira, 12 de março, as solenidades de colação de grau de 2017/2 da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
Ao todo, mais de 500 pessoas lotaram o espaço de eventos Villa Borghese, em Anápolis, para prestigiar a solenidade dos alunos do Câmpus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas - Henrique Santillo. Sorrisos abertos e lágrimas sinceras marcaram a noite dos meninos e meninas dos cálculos, equações, projetos, plantações e construções.
Jovens que, por trás das becas pretas cuidadosamente passadas e dos cabelos perfeitamente alinhados, carregavam sobre os ombros não apenas as faixas azuis turquesa, celeste e royal, mas também a responsabilidade de cumprir à risca os juramentos de seus cursos, habilidosamente proclamados no evento.
Na mesa diretiva, rostos orgulhosos de quem ajudou, de diversas formas e graus, a transformar as trajetórias de vidas dos formandos. Na plateia, pais, amigos e familiares eufóricos ansiavam pela tão esperada outorga de grau, proferida pelo reitor da UEG, professor Haroldo Reimer.
Ao som de He’s a Pirate, do compositor Klaus Badelt, o capelo saiu das mãos e passou às cabeças: 45 novos bacharéis se graduaram pela Universidade Estadual de Goiás.
Nos discursos dos três oradores, um de cada curso, agradecimentos aos pais, aos mestres, à Universidade e a Deus. As diversas histórias dos cinco ou mais anos dedicados à formação superior foram narradas por vozes trêmulas, por vezes aceleradas, vozes de quem não quer perder nem um fiapo das memórias dos tempos universitários. Dificuldades nos percursos, tropeços, vitórias, episódios engraçados e instigantes foram relembrados.
“Vivemos em um momento em que a ciência e a tecnologia têm avanços constantes. E a única certeza de que temos é que tudo muda o tempo todo e precisamos ser flexíveis, porém éticos. E esse equilíbrio parece ser a chave para o sucesso”, aconselhou, com olhos marejados e voz embargada, a paraninfa das turmas, professora Flávia Martins de Queiroz.
“Quando você deseja chegar na outra margem, é necessário que haja um sonho. Para se realizar uma travessia de sucesso, precisamos sonhar, de persistência e de apoio no caminho. Por isso quero dar aos pais, mães, amigos e professores os parabéns por terem auxiliado os graduados nesta jornada”, afirmou Haroldo Reimer.
E em meio aos gritos de comemoração e à música contagiante, um a um, os novos graduados foram chamados para receberem seus diplomas, a prova e recompensa física de todo o esforço. Era a hora dos apertos de mão, dos abraços, das dancinhas e das fotos que serão emolduradas, talvez não em porta-retratos, mas na memória deste momento que muito mais que ponto de chegada, é ponto de partida.
Em meio aos formandos, um se destacou. Comemorou a conquista discretamente. O olhar carinhoso e aquoso por diversas vezes dado ao diploma parecia expressar a todos que vale a pena acreditar nos próprios sonhos e caminhar firme rumo a um objetivo. Era um olhar de paz, de dever cumprido, de resiliência de quem teve que enfrentar muitos desafios para alcançar a tão sonhada formação profissional. Mas naquele 12 de março, por volta das 21h10, ele chegou lá.
E o aprendizado conquistado neste último momento formal dentro da Universidade veio em forma de conselho, e serviu não apenas para os novos bacharéis, mas para todos os presentes. “Peço que vocês gravem pelo menos três palavras que começam com a letra G e as levem junto com os seus diplomas. Gratidão por aquilo que receberam. Generosidade para com todos da sociedade e, por último, Gentileza. Sigam a vida, gratos, generosos e também gentis neste mundo com tantos desafios e que parece nos tornar cada vez mais insensíveis. Exercitem a cidadania e o profissionalismo com estas três palavras”, enfatizou o reitor.
(Núbia Rodrigues| CeCom| UEG)