Filmes produzidos por alunos, egressos e servidores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foram destaque no IV Festival Audiovisual Vera Cruz (Favera), festival de cinema realizado entre os dias 17 e 19 de novembro no Conjunto Vera Cruz, em Goiânia.
O filme "Perambulação", do servidor da UEG e discente do curso de Cinema e Audiovisual, Samuel Peregrino, foi premiado como Melhor Ficção na
Mostra É Nóis Goiás.
O filme “Imbilino vai ao cinema”, também dirigido por Samuel Peregrino recebeu Menção Honrosa, por valorizar o cinema como paixão de um personagem e realizador independente.
João Henrique Pacheco, servidor do Centro de Comunicação Institucional (CeCom), "in memoriam", foi homenageado pelo Festival e o seu filme “Família S2” foi premiado na Mostra É Nóis Goiás como Melhor Experimental e Melhor Filme - Prêmio do Público.
Vanessa Goveia, aluna egressa do curso de cinema e audiovisual da UEG também teve seu filme “Viúva Negra” premiado nas categorias Melhor Roteiro, Melhor Filme - Prêmio do Público e Melhor Filme - Júri Oficial. Confira todos os vencedores do festival .
Ação Educativa
Nesse ano, a organização do FAVERA em parceria com a UEG, por meio do CriaLab e do curso de Cinema e Audiovisual, criou um Núcleo de Produção Audiovisual em seis escolas públicas do Conjunto Vera Cruz.
A ação educativa foi desenvolvida a partir do projeto de extensão Olhares Móveis, que trabalha com produção audiovisual e educação usando aparelhos celulares como dispositivos de captação imagens e som.
Durante dois meses e meio,13 monitores do curso de Cinema e Audiovisual atuaram nas escolas realizando exercícios e oficinas de produção audiovisual, trabalhando o uso técnico dos equipamentos, como enquadramento, movimento de câmera e captação de som. Ao final das atividades, produtos audiovisuais foram produzidos pelos alunos.
Além disso, foram feitas discussões sobre o sentido e a mensagem das produções e sobre o como usar os celulares como meio de divulgação da comunidade. A ideia foi que, a partir da experiência dos exercícios e das discussões, os alunos construíssem conhecimento de forma coletiva.
Para Marcelo Costa, professor do curso de Cinema e Audiovisual e coordenador pedagógico da ação educativa, o mais importante do projeto não foi necessariamente o resultado final, os filmes produzidos. Mas, sobretudo, as discussões realizadas a respeito daquilo que faz parte do cotidiano dos alunos das escolas.
"Hoje, o celular é um equipamento que a maioria das pessoas tem e usam de forma ampla na produção de vídeos e fotografias. E uma das propostas do projeto dos Olhares Móveis é justamente pensar o que a gente está querendo dizer com essas imagens produzidas, se elas fazem algum sentido, se produzem algum tipo de narrativa, se constroem algum tipo de discurso”, analisa Marcelo Costa.
A programação do Festival contou com uma Mostra Escolar para exibir e premiar os filmes produzidos nas escolas.