A filósofa Marcia Tiburi e a ministra da saúde de Portugal, Gregória Paixão Von Amann, são destaques do 4º Fórum de Mobilidade Urbana e Trânsito e do IV Seminário de Saúde Pública e Trânsito, promovidos pelo Programa Educando e Valorizando a Vida da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que tem início amanhã, na Câmara Municipal de Goiânia.
Além de Marcia Tiburi, que irá palestrar sobre ética e futuro da cidade, e da ministra Gregória Paixão, que irá expor a trajetória de implantação das políticas de mobilidade, os eventos irão contar com a participação das professoras Ermínia Maricato e Irene Quitans, que irão debater o futuro das cidades e a mobilidade urbana.
Com o tema #PensarCidades, os eventos têm como foco problemáticas enfrentadas pelas cidades e mobilidade urbana, cujos reflexos incidem sobre a saúde da população e tornam o trânsito um espaço de disputa e violência na já conturbada vida urbana.
“Nós temos um dos trânsitos mais violentos do mundo. Os dados oficiais não deixam dúvidas sobre a importância e a urgência de novas práticas de mobilidade”, analisa o professor Hugo Paraguassu Serradourada, coordenador Geral do EVV.
Dados
Os relatórios dos órgãos responsáveis atestam essa situação. De acordo com o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), foram pagas 42.500 indenizações por morte e mais 500 mil por invalidez no trânsito, no ano de 2015. Tais números colocam o país em quarto lugar no ranking mundial de mortes no trânsito.
A Lei 12587/12 rege a mobilidade urbana no país. Em linhas gerais, ela prevê que o interesse coletivo se sobrepõe ao individual, visão que democratizaria o espaço urbano e sua ocupação. Mas não é exatamente isso que ocorre. “Ocupar a cidade hoje é um privilégio”, diz Odália Bispo, coordenadora pedagógica do EVV.
Região Metropolitana
A Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) abrange 18 municípios que formam a região metropolitana, cobrindo uma área de 6.576km², com circulação mensal de 8,4 milhões de passageiros. Nessa área, residem mais de 2 milhões de pessoas, que precisam se deslocar para os mais diversos fins e para todas as direções. Esse contingente populacional é assistido por 268 linhas e 19 terminais de transporte público.
Em contrapartida, a atual frota de veículos individuais na Grande Goiânia é de 1.120.645 carros. Não é preciso muito esforço para perceber que esse número representa quase metade do total de habitantes da região metropolitana.
Serviço
4º Fórum de Mobilidade Urbana e Trânsito e do IV Seminário de Saúde Pública e Trânsito
Data: 23 e 24 de novembro
Local: Auditório Jayme Câmara – na Câmara Municipal de Goiânia
Horário: 8h
(Fernando Matos | CeCom|UEG)