O agrônomo e professor de Botânica do Câmpus Morrinhos da Universidade Estadual de Goiás (UEG) Jales Teixeira Filho foi um dos entrevistados da edição especial do programa Globo Rural, da TV Globo.
O programa matinal, que foi ao ar no domingo, 22, trouxe quatro blocos de reportagens sobre o ipê, árvore nativa das Américas. Um dos blocos aborda a presença da árvore em diversas regiões do Brasil. O pesquisador, que faz estudo comparativo entre espécies nativas do cerrado e o eucalipto, falou sobre as ameaças que o ipê vem sofrendo, por exemplo, com a mudança do regime de chuvas no Centro-Oeste.
“O regime hídrico está mudando. Antigamente, as chuvas começavam em setembro/outubro; agora, começam em novembro/dezembro”, observa Jales Teixeira. Ele explica que as sementes do ipê sobrevivem pouco mais de 30 dias após a floração da árvore. Quando as chuvas caem atrasadas, milhões das sementes estão sem capacidade de germinação.
Como consequência, o meio ambiente perde os diversos benefícios proporcionados pelo ipê, como fonte de alimento para animais e de polinização para insetos. O pesquisador cita ainda o papel de climatizador da árvore. “Cada ipê retira em média 2 mil litros de água do lençol freático e joga na atmosfera”, diz, ao repórter Nelson Araújo, que também divide a apresentação do Globo Rural com Helen Martins (assista no LINK)
(José Carlos Araújo | CeCom|UEG)