O silêncio das bibliotecas pode ser até incômodo para quem está acostumado às salas de aula e aos corredores ocupados por diversas vozes. A disposição dos livros é muito precisa e essencial para que os usuários encontrem o que procuram.
A utilização dos espaços é bem definida: balcões para devolver o que foi emprestado, balcões para levar livros para casa; mesas e salas de estudo que separam aqueles que preferem trabalhar em silêncio daqueles que desejam produzir conhecimento em grupo; além de seções bem determinadas separando áreas do conhecimento e gêneros literários.
Toda a ordem, que inclui o meticuloso trabalho de catalogação de livros e periódicos, faz das bibliotecas um espaço seguro para quem busca informação e deseja mergulhar no mundo do conhecimento. E por trás deste trabalho estão profissionais qualificados que garantem esse bom funcionamento: os bibliotecários e as bibliotecárias.
No Brasil, o Dia do Bibliotecário é comemorado neste sábado, dia 12 de março. Em nome da data, a UEG quer não apenas prestar uma homenagem a esses importantes profissionais, mas também busca apresentar o que significa ser bibliotecário.
Há quinze anos, Maria José Lima da Cruz trabalha na Universidade, prestando serviços no Câmpus Eseffego. Há apenas um ano na Universidade, a assessora do Sistema Integrado de Bibliotecas Regionais da UEG (Sibre), bibliotecária Natasha Pacheco de Melo, tem mostrado garra e entusiasmo para lidar com as diversas atividades que realiza em seu dia a dia.
Crescendo com a UEG
As histórias de Maria José e da UEG se cruzaram dois anos depois que a Universidade foi criada, quando a bibliotecária começou a trabalhar no Câmpus Quirinópolis e logo depois foi transferida para Goiânia, no Câmpus Eseffego. Nascida em Côcos, na Bahia, Maria saiu da casa dos pais na zona rural para estudar na capital goiana. O curso de Biblioteconomia foi finalizado no ano 2000 na Universidade Federal de Goiás (UFG).
Acompanhando as mudanças da UEG há tantos anos, hoje Maria José acredita que uma das principais evoluções das bibliotecas da Universidade foi a mudança no processo de compra de livros.
A assessora do Sibre, Natasha Pacheco, explica que a Universidade dispõe de diversas formas de comprar livros. “A compra por meio de licitação, um processo muito burocrático e desgastante, foi substituída pelo que é chamado, em termos jurídicos, de inexibilidade de licitação. Agora a UEG pode adquirir os livros por meio de compra direta com as editoras”, afirma.
Ela ainda conta que o novo processo trouxe uma série de benefícios à Universidade, como descontos, fretes gratuitos, maior segurança nas negociações e agilidade na entrega do material.
Ser bibliotecário
O termo “letramento informacional” diz respeito a uma parte essencial da aprendizagem, que envolve a busca pela informação e a capacidade de compartilhá-la, ensinando as melhores formas de utilizar aquilo que se aprende. Maria José e Natasha são unânimes em afirmar que esse é o papel essencial de um profissional de Biblioteconomia.
A necessidade de atualização faz parte da rotina de bibliotecários. Essa atividade envolve o conhecimento do acervo disponibilizado pela biblioteca e a capacidade de dar os direcionamentos que atendam às necessidades de pesquisas dos usuários. Em meio ao bombardeio de informações que nos chegam todos os dias, é fundamental o trabalho de um profissional capaz de dar direcionamentos e apontar fontes seguras para substanciar o conhecimento científico no ambiente acadêmico.
“Para mim, ser bibliotecário é ser uma pessoa que sabe se colocar no mundo e busca informação. É ser um profissional dinâmico. O bibliotecário é uma ponte entre o leitor e a fonte de conhecimento, que pode ser um livro ou outro suporte digital”, afirma Natasha.
A paixão de Maria José pela profissão está no contato direto com alunos e no auxílio prestado. Para ela, o maior desafio em ser bibliotecária é a certeza de que a biblioteca é um ambiente mediador no processo de aprendizado dos estudantes.
“Na prática, isso é levar o aluno ao encontro das fontes. Existe um mundo infinito de informações e nem sempre os alunos sabem como encontrar o que precisam. O bibliotecário leva o aluno a conhecer os livros e a saber usar as informações”, explica.
A UEG agradece o compromisso dos bibliotecários e bibliotecárias que prestam seus serviços à Universidade.
Confira abaixo os valores gastos pela UEG em 2015 com as bibliotecas de seus 41 câmpus:
(Bárbara Zaiden | CeCom|UEG)