Um projeto da UEG, colocado em prática em março do corrente ano, está beneficiando 25 pequenos produtores, que receberam, ao todo, 800 doses de sêmen de reprodutores das raças Jersey e Holandesa. Trata-se da Fazenda-Escola, voltada para ajudar agricultores familiares do Oeste Goiano. A coleta do sêmen teve início em fevereiro e, segundo o coordenador do laboratório do curso de Zootecnia, Klaito José Gonçalves dos Santos, a intenção é fazer com que os produtores melhorem geneticamente o rebanho e, em consequência, aumentem a qualidade e a quantidade do leite produzido.
Em outra frente de trabalho, alunos do curso de Zootecnia prestam assistência técnica aos produtores da região. O produtor Lenismar Lopes Cardoso, do município de Sanclerlândia, é um dos assistidos. Desde agosto de 2013, uma vez por semana, Seu Lenismar recebe a visita dos alunos Marciel Paiva Lopes, do 8º período, e Clayton José Borges Lopes, do 10º período. Os discentes fizeram um estudo do plantel do produtor e dividiram as 32 vacas leiteiras em lotes de baixa, média e alta produção. O produtor foi orientado a alimentar o gado com ração concentrada de acordo com a característica de cada lote. Os alunos também orientaram o produtor a descartar vacas com problemas de reprodução ou que estavam com baixa produção de leite. O resultado da ação foi o aumento diário de 400 para 500 litros.
De acordo com dados do Arranjo Produtivo Local Lácteo, a produção de leite da microrregião de São Luís de Montes Belos representa 6,2% da produção estadual. No ano de 2012, segundo dados da Secretaria Estadual de Agricultura, Goiás ficou em 5º lugar no País como produtor de leite, ficando, apenas, atrás de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Nesse ano foram produzidos, aqui, 2.278.812 litros de leite, o que representa10,2% da produção nacional.
Assistência técnica
O câmpus da UEG de São Luís de Montes Belos, por meio do curso de Zootecnia, projetou um confinamento experimental, com baias individuais e coletivas que já estão sendo construídas. Na área de 10 alqueires da Fazenda-Escola, que fica a 6 km da cidade, há o plantio de milho para ser utilizado como silo para os animais. Atualmente a Fazenda possui oito vacas leiteiras, cinco vacas secas, quatro novilhas, seis bezerras, dois bezerros e três touros. Diariamente, trabalham no local um zootecnista, dois servidores e 10 estagiários. A estrutura conta com pastos, curral, ordenhadeira mecânica e tanque de resfriamento com capacidade para 1.180 quilos de leite. Também serão instaladas baias para inseminação.
Segundo o coordenador da Fazenda-Escola, Diogo Ferro, foi construído, com recursos próprios, um escritório para dar assistência técnica aos produtores da região. Há ainda projeto para instalação dos setores de ovinocultura, suinocultura e avicultura.
“A intenção é aumentar o leque de assistência técnica aos produtores. Na bovinocultura, tanto os egressos quanto os estudantes dos cursos de Zootecnia e Tecnologia em Laticínios têm um bom desempenho. A consequência é o melhoramento das pastagens com piquetes rotacionados e da base alimentar dos animais", salienta o coordenador do curso de Zootecnia, Rafael Ferro.
(CGCom|UEG)