Os moradores de Pirenópolis saíram, mais uma vez, às janelas de suas casas e às ruas da cidade para assistir ao cortejo do Festival Internacional de Folclore e Artes Tradicionais (Fifat). Na manhã do último sábado, 30 de agosto, os 12 grupos que participaram do Festival se reuniram na Beira-Rio e caminharam até a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, no centro histórico de Pirenópolis.
Os sons da arpa paraguaia, da sanfona chilena, do violino esloveno e do triângulo nordestino entravam nas antigas casas pirenopolinas pelas frestas das portas e janelas. Por onde passava, o cortejo era bem recebido pelos turistas e moradores. A mistura de sons e idumentárias coloridas mostrou um pouco do clima de confraternização e respeito pelas diferenças culturais que contagiou a cidade durante a última semana de agosto.
Gilberto Gomes é um baiano que mora em Pirenópolis. Ele contou que assistiu, todos os dias, às apresentações dos grupos folclóricos. Segundo ele, dentre os festivais que acontecem na cidade, o Fifat foi o melhor e o mais especial. "Um festival assim é muito importante. Nós precisamos ter conhecimento da cultura de outros países e mostrar, também, a nossa cultura brasileira. A diversidade é essencial para nossas vidas", explica. Assim como Gilberto, Dona Efigênia Amaral, com 93 anos de idade, expressou enorme contentamento em receber manifestações culturais tão distintas em sua cidade.
Um dos grupos que esteve presente no Fifat foi o Bumba Meu Boi de Axixá. A presidente do grupo, Leila Naiva, explica como se sente em participar de um festival internacional. "Para mim, que nunca tive a oportunidade de ir a outros países, é um aprendizado enorme poder ter contato com essas culturas diferentes. Esse intercâmbio cultural é muito importante", conta. Ela ainda explica que trazer a cultura de outros estados brasileiros é importante, não só para os moradores da cidade, mas também para os turistas que estão de passagem por Pirenópolis e que podem conhecer um pouquinho mais do nosso país.
(CGCom|UEG)