Renato Dias de Souza, coordenador do Grupo de Trabalho (GT) de Desenvolvimento Curricular, da Pró-Reitoria de Graduação (PrG), vem trabalhando junto a outros 17 professores, que compõem o Grupo, no desenvolvimento da primeira proposta de diretrizes curriculares para os cursos da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
O documento com a proposta foi entregue a todos os docentes e diretores dos câmpus da UEG que compareceram ao I Simpósio de Desenvolvimento Curricular da Graduação, na UEG Câmpus Pirenópolis. “Vocês têm em mãos a proposta inicial de diretrizes curriculares, sobre a qual o GT vem pensando e debatendo, elaborando-a desde agosto de 2013. Este Simpósio é o nosso segundo momento de discussão sobre o que vem sendo desenvolvido pelo GT, uma vez que o Memorando 009/2013, elaborado em agosto do ano passado, já demonstrava a necessidade de debater os programas pedagógicos dos nossos cursos”, disse Renato, antes de apresentar as diretrizes político-pedagógicas, as ações operacionais e a estrutura curricular que compõem a proposta.
Formação com consciência
A estrutura curricular apresentada foi organizada em quatro núcleos:
- Disciplinas de Núcleo Comum, que integrarão as matrizes de todos os cursos da UEG (Introdução à Educação Superior, Educação Ambiental, Educação em Direitos Humanos e Diversidade e Educação das Relações Étnico-raciais);
- Núcleo de Modalidade, que contempla disciplinas que articulem diversos cursos;
- Núcleo Específico, contemplando as especificidades de cada curso;
- e Núcleo Livre, atividades complementares e atividades fora de sala de aula.
No caso das disciplinas de Núcleo Comum, Renato argumenta que serão de fundamental importância para a identidade institucional da UEG. “A ideia é colocar dentro de todos os cursos formações humanas, para que essa seja a marca dos egressos da Universidade: um cidadão com consciência social e ambiental”, explica.
A próxima oportunidade de discussão das diretrizes para o desenvolvimento curricular ocorrerá nos encontros regionais. Os encontros serão realizados em maio, nas cidades de Goiás, Uruaçu, Santa Helena, Anápolis e Formosa. Neles, as diretrizes poderão ser reconfiguradas e, a posteriori, aprovadas. Serão criados e implementados, em cada curso, um Núcleo Docente Estruturante, responsável por discutir os projetos pedagógicos de cada graduação. “Além de elaborar um documento formal, é importante que os Núcleos Docentes Estruturantes se apropriem dos projetos dos cursos para legitimar a função de nosso Grupo de Trabalho, que é atender às demandas de todos os cursos”, ressalta Renato.
Depois dos encontros regionais serão realizados fóruns de modalidade e de curso, que irão trabalhar a configuração do documento final. A deliberação do resultado de todo o trabalho é do Conselho Universitário da UEG. A intenção é que tal assunto seja pauta do Conselho até dezembro, para que as mudanças entrem em vigor para o vestibular 2015/1.
Márcia Rosa da Silva, professora e coordenadora pedagógica da UEG Câmpus Santa Helena de Goiás, participou do Simpósio e, da plateia, já começou a elaborar orientações para a proposta apresentada pelo GT. Sobre a importância de se pensar o currículo acadêmico, Márcia conclui: “Currículo é tudo aquilo que ocorre no interior de uma instituição escolar. O currículo imprime o ânimo necessário para desenvolvimento de suas atividades. Ele deve ser pensado e melhorado, caso contrário a instituição atrofia, perdendo sua função social”.
(CGCom)