A criação de uma comissão paritária para estudo de demanda e viabilidade técnica e orçamentária para atendimento de reivindicações do movimento grevista da UEG foi decidida no último dia 21, em Goiânia, entre a equipe da Reitoria, representantes do Movimento Mobiliza UEG e o governador Marconi Perillo.
Para que a comissão fosse montada, conforme encaminhamento da reunião, o reitor Haroldo Reimer contatou o professor Joílson Reis Brito, da UnUCET, nomeado interlocutor do Movimento, para agendamento de reunião para esta sexta-feira, 24, às 11 horas no Gabinete da Reitoria. Mas, hoje, às 9 horas, o professor Joílson informou ao Reitor que a reunião solicitada não aconteceria porque a decisão do Movimento Mobiliza UEG é fazer somente interlocução direta com o Governador, sem diálogo com a Reitoria.
Ontem, 23, o Movimento protocolou no Palácio Pedro Ludovico carta-ofício ao governador Marconi Perillo em que responde à contra-proposta do Governo apresentada no último dia 21. Os participantes do Movimento entendem que apenas o Governador pode “firmar o compromisso de pleno atendimento dos pleitos a vós apresentados, por depender de recursos financeiros que extrapolam os valores destinados à Universidade, ora limitados a 2% da receita do Estado”. Segundo eles, “a Administração Central da UEG nada pode fazer para satisfazer a pauta de demandas”.
No documento, o Movimento comunica ao Governador que, em assembleia realizada no dia 22 de maio, em Goiânia, decidiu continuar a greve iniciada no dia 25 de abril por entender que que as respostas do Governo com “o comprometimento apenas verbal de encaminhar à Assembleia Legislativa o projeto de lei que visa a reformular o Plano de Cargos e Vencimentos dos professores da Instituição, delegando a uma 'comissão paritária' a responsabilidade de formular propostas para o possível atendimento das demais reivindicações, não contemplam minimamente as expectativas do Movimento, ao ponto de justificar a suspensão do movimento paredista ora em curso”. A decisão é de manter a greve até que se chegue a um acordo satisfatório. O movimento solicitou novo encontro com o Governador para prosseguir com as negociações.
Ao analisar a decisão do Movimento, o professor Haroldo Reimer entende que o posicionamento da assembleia é equivocado tendo em vista a consolidação da Universidade por processos democráticos e participativos. Entende também que é salutar o retorno às atividades acadêmicas nas unidades paralisadas e oportuna a ação pró-ativa de formação das comissões paritárias para a formatação de propostas fundamentadas em dados financeiros e orçamentários, levando em consideração o planejamento estratégico da Universidade.
(Dirceu Pinheiro)