No início da tarde desta terça-feira, 30 de abril, durante a realização da 69ª Plenária do Conselho Universitário da Universidade Estadual de Goiás, alunos, professores e servidores que fazem parte de um movimento de greve, interromperam a reunião trazendo em faixas, cartazes e palavras de ordem as reivindicações das categorias.
O líder do movimento, professor Marcos Augusto Marques Ataíde, fez uso da palavra para dizer aos conselheiros presentes que a manifestação de hoje é uma resposta à nota divulgada pelo reitor no site da UEG (www.ueg.br), que, em sua visão, contém ameaças aos participantes do movimento. Marcos Ataíde lembrou que o reitor esteve presente em vários momentos em que o movimento esteve reunido.
Uma representante da Unidade Universitária de Goiás, fazendo uso da palavra, entregou ao reitor um documento contendo, segundo ela, reivindicações de alunos, professores e servidores, oriundas de assembleias realizadas na semana passada.
O reitor da UEG, professor Haroldo Reimer, disse aos manifestantes que o Conselho Universitário é “o espaço sempre aberto a quem quiser participar. Trata-se de uma instância transparente, democrática e representativa, onde há a possibilidade de se fazer encaminhamentos” . Explicou aos manifestantes que conhece as demandas e as reivindicações, mas que em momento algum recebeu um documento oriundo do movimento. “A Reitoria foi ignorada em sua existência, mas não permaneceu inerte. Há meses que estamos trabalhando para nos prepararmos para um processo de autonomia, que é muito complexo e que será discutido com a comunidade acadêmica”, esclareceu.
O professor Marcos Ataíde enfatizou que entregou um documento ao Governador no dia 16 de abril e que “não acredita em autonomia quando o governo nomeia interventores. Agora a panela de pressão explodiu. Não acredito em autonomia e nem em lista tríplice”, encerrou.
Haroldo Reimer defendeu que todo processo democrático deve ser pautado pelos procedimentos comunicativos e administrativos fundamentais para garantir a organicidade das ações. “Lamentamos termos sido ignorados no que tange ao trato formal num espaço democrático”.
(Moema Ribeiro)